Pai de Eliza quer pena mínima de 10 anos ao ex-goleiro Bruno

Ele disse nesta terça-feira (7) que achou muito curta a pena de 4 anos e 6 meses

Caso Bruno | Divulgação
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O pai de Eliza Samudio, Luís Carlos Samudio, disse nesta terça-feira (7) que achou muito curta a pena de 4 anos e 6 meses dada ao goleiro Bruno pela Justiça do Rio de Janeiro. O jogador foi condenado por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal. Em entrevista ao G1, nesta terça-feira (7), Luís Carlos Samudio, afirmou ainda que a morte de Eliza era um crime anunciado. "Bruno deveria pegar, no mínimo, 10 anos de prisão. Todo mundo sabe o que ele fez com a menina aqui no Rio?, disse.

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De acordo com José Arteiro Cavalcanti, advogado da mãe de Eliza, Sônia Fátima Moura, a sentença é a primeira vitória do caso. Até o fechamento desta reportagem, o G1 tentou contato com Sônia Fátima Moura, mas ela não foi encontrada. O advogado da mãe de Eliza disse ao G1 que ela está muito feliz com a decisão da Justiça do Rio de Janeiro.

Em relação ao processo que corre em Minas Gerais - que investiga o desaparecimento e a morte de Eliza Samudio - o pai da jovem diz esperar que todos os réus sejam mandados a júri popular. A Juíza responsável pelo caso, Marixa Fabiane Rodrigues, tem até o dia 10 de dezembro para informar se os réus vão ou não a júri popular.

A sentença

Na sentença, o juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, diz que a "culpabilidade é exorbitante na medida em que se percebe que é absolutamente reprovável a conduta do réu, já que praticou os crimes que ensejaram a sua condenação com o propósito de se ver livre do status de pai que não desejava desempenhar".

Na decisão, o magistrado nega aos réus a possibilidade de recorrer em liberdade e cita a periculosidade dos dois, "diante das circunstâncias que envolveram os fatos narrados na denúncia, além dos acontecimentos posteriores, que culminaram no desaparecimento da vítima, bem como pela conveniência da instrução criminal, que ainda está em curso".

Em 2009, a ex-amante do atleta registrou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, acusando-o de sequestro, agressão e ameaça. A intenção, segundo ela, seria obrigá-la a abortar um filho que seria dele. Bruno nega as acusações.

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