O pai da menina Joanna, André Rodrigues Marins, foi indiciado por tortura. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo delegado Luiz Henrique Marques, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).
O delegado explicou que chegou a decisão através dos depoimentos das testemunhas e dos laudos do IML. Ele disse que o depoimento de uma ex-babá de Joanna foi fundamental para as investigações.
Crime de tortura: 2 a 8 anos de prisão
Luiz Henrique disse ainda que caso o MP resolva pedir a prisão, André pode cumprir uma pena de 2 a 8 anos de reclusão.
"Eu o indiciei por tortura. No entanto, o MP pode entender que o André também teve intenção de praticar homicídio e assim pode denunciá-lo por outros crimes", afirmou o delegado.
O delegado revelou que descartou a hipótese de maus-tratos, por entender que os ferimentos de Joanna foram produzidos de forma desumana.
"As lesões praticadas por maus-tratos ocorrem com a intenção de corrigir a criança. Já tortura, é o prazer de machucar e constranger", resumiu o delegado.
Defesa aguarda parecer do MP
O advogado Luis Guilherme Vieira, contratado por André Marins, disse que tomou conhecimento do indiciamento de seu cliente através da imprensa. Ele alegou que ainda não conversou com o pai de Joanna e que vai esperar a decisão do MP, para decidir qual será a estratégia da defesa.
?Vou esperar o pronunciamento do MP e estudar o processo, mas não posso entrar em detalhes porque o caso corre em segredo de justiça?, disse o advogado.