Padre é preso suspeito de desviar R$ 140 milhões de recursos públicos

As suspeitas indicam que o suspeito teria utilizado os recursos para benefício próprio.

Padre é suspeito de roubar hospital dos pobres para comprar imóveis de luxo. | Reprodução
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O padre Egídio de Carvalho Neto, que está sob investigação devido à suspeita de desvio de recursos destinados ao hospital Padre Zé, um estabelecimento que oferece atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa, foi preso nesta sexta-feira (17), na Paraíba. Conforme as investigações, ele teria desviado aproximadamente R$140 milhões, desde 2013 até setembro deste ano, por meio da aquisição de bens, entre eles 29 imóveis.

As autoridades informaram que o sacerdote faria parte de um grupo no qual se apropriou de recursos públicos que seriam destinados ao Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA, sediados no município de João Pessoa. Segundo a apuração, Egídio é ex-presidente do Instituto Padre Zé.

A administradora do hospital, Jannyne Dantas Miranda e Silva, e a tesoureira do Instituto São José, Amanda Duarte Silva Dantas, também estariam no esquema. Segundo o desembargador Ricardo Vital, em decisão, o suspeito estaria desviando para benefício próprio. 

“Os elementos de provas angariados aos autos indicam que, em tese, considerável montante de valores que deveriam ser destinados ao funcionamento do Hospital Padre Zé pelo Instituto São José era destinado a Egídio de Carvalho Neto para construir fortuna em benefício próprio, com sugestivamente forte participação direta de Jannyne Dantas Miranda e Silva, além de Amanda Duarte Silva Dantas”

E completa ressaltando que “Vale lembrar que esses valores eram provenientes do erário, e em grande parte esses numerários necessitavam de prestação de contas aos órgãos convenientes, o que, de fato, não ocorria.” Em nota, a procuradoria afirma que os atos ilícitos investigados tiveram um impacto devastador em diversos programas sociais essenciais”.

“Entre eles, a distribuição de refeições a moradores de rua, o amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o Enem, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. Além disso, as operações ilícitas afetaram gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas”.

O  GAECCO do Ministério Público da Paraíba segue investigando o suspeito de prática de lavagem ou ocultação de bens ou valores, peculato e falsificação de documentos públicos e privados, bem como organização criminosa.

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