O padrasto de uma jovem foi preso na última semana, em São Paulo, por estuprar a enteada dos dez aos 17 anos de idade. A denúncia foi feita recentemente pela vítima, agora com 28 anos. Por causa da lei que ficou conhecida como Joanna Maranhão, o crime ainda não havia prescrito.
Uma parte do depoimento da jovem à delegacia, foi divulgado. Confira:
“Meu padrasto sempre foi muito agressivo e violento. Ele já bateu muito em mim e na minha mãe. Uma vez, deu uma facada nela, mas a minha mãe não foi para o hospital, nem chamou a polícia por medo dele.
Quando eu fiz dez anos de idade, ele diminuiu as agressões e começou a ser mais carinhoso. Pedia para eu sentar no colo dele e passava a mão em mim. Depois, me ameaçava. Falava que se eu contasse para alguém, eu teria que ir embora.
Quando eu tinha 12 anos, ele começou a me obrigar a ter relações com ele, quando minha mãe saí para trabalhar era assim toda semana.
Com 13 anos, eu engravidei. Meu padrasto me deu um chá abortivo, mas não funcionou. Então, ele me fez contar para família que o pai da criança era um menino, que eu conheci no caminho da escola. Ele disse até que ia procurar o garoto para conversar e voltou para casa dizendo que o garoto tinha mudado de cidade.
Quando meu filho nasceu, meu padrasto e minha mãe falaram para os parentes e vizinhos que eles tinham adotado aquele bebê.
Meu filho cresceu chamando a avó dele de mãe e eu de irmã. Mas os abusos não acabaram. Seis meses depois de dar à luz, meu padrasto começou a me obrigar a ter relações de novo. Falava que se eu me negasse, ele ia deixar meu filho passar fome. Uma vez, ele me bateu com uma chave de fenda e deixou uma cicatriz. Eu não aguentava mais aquilo e com 17 anos, arrumei um emprego e saí de casa. Meu filho continuou com eles. Faz um ano que eu contei a verdade para minha mãe, meu filho também soube de tudo.
Segundo a delegada que cuida do caso, ao souber dos abusos sofridos pela mãe, o filho quis ficar ao lado dela.