Operação prende prefeito de Redenção do Gurgueia por corrupção

Na operação, foram presos secretários municipais e empresários

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Atualizado às 11h02

Advogados são presos por fraude em licitações

O diretor titular da Polinter, Cadena Junior, disse que dois advogados também foram presos e levados para a Gaeco. Na operação Déspota foram presos dois advogados, entre eles Igor Martins, que foi conduzido para Central de Flagrantes pela Polícia Rodoviária Federal. Eles são acusados de participar dos esquemas de fraudes em licitação pública.

A presidente da Comissão de Garantias e Prerrogativa da OAB-Pi, Roberta Oliveira, informou que um dos advogados preso ficou na Gaeco e Igor Martins, ficou na Central de Flagrantes, porque durante a sua prisão foi encontrado, em seu escritório, um animal silvestre, um pássaro. Já o prefeito Delano Parente foi encaminhado para a Central de Flagrantes, porque foi encontrado, em sua casa, uma arma de fogo.

Operação prende prefeito de Redenção do Gurgueia por corrupção

A operação Déspota deflagrada nesta quinta-feira (14), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, prendeu o prefeito de Redenção do Gurgueia (691 km de Teresina), Delano Oliveira Parente (PP), por corrupção e fraudes em licitações e está executando 18 mandatos de prisões preventivas e temporárias na região dos Cerrados, no Sul do Piauí.

O assessor de comunicação da Procuradoria-geral de Justiça, Edigar Neto, informou que serão executados ainda 15 mandados de condução coercitiva e 9 mandados de busca e apreensão. Segundo ele, esses mandados foram expedidas pelo desembargador Pedro Macedo, do Tribunal de Justiça, já que muitos alvos tem foro privilegiado.

Na operação, foram presos também secretários municipais e empresários. A PRF divulgou nota comunicando que o objetivo da operação é prender e combater pessoas envolvidas com esquema e fortes indícios em fraudes em licitações, superfaturamento de preços, emissões de notas fiscais, utilização de empresas falsas e lavagem de capitais.

Segundo a PRF, são 30 ordens judiciais sendo cumpridas, com 8 mandados preventiva, 8 prisão temporária, 3 coercitiva e 11 mandatos de busca e apreensão. Sendo que estão sendo executadas em Teresina e no Sul do estado. Participam também da Operação o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Controladoria-Geral de Justiça.

O Ministério Público divulgou que já foram presos além do prefeito de Redenção do Gurgueia, seu pai Aldemes Sousa Mendes, que é secretário municipal de Infraestrutura e dono de uma construtora no município; o presidente da Comissão especial de licitação da Prefeitura Municipal do município, Romário da Silva Figueiredo e um vereador.

Em Teresina, estão sendo presos também vários advogados e contabilistas, envolvidos no esquema de fraude em licitações e desvio de dinheiro público. Delano Parente foi levado para a prisão do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o delegado Cadena Júnior, no apartamento do prefeito foi encontrado um revólver calibre 38: “Foi uma determinação do secretário de segurança juntamente com o núcleo de inteligência onde teve a prisão preventiva do prefeito de Redenção do Gurgueia. No apartamento dele foi feito uma busca onde nós encontramos um revólver calibre 38 e uma farta documentação. Os demais promotores vão ver toda a papelada para ver o que está relacionado a prisão”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, o prefeito será conduzido até a Central de Flagrantes onde responderá por porte ilegal de arma: “A reação dele na hora da prisão foi tranquila e por isso a condução dele foi pacífica. Só se pode algemar quem esboçar alguma reação, como ele não esboçou nenhuma não colocamos algemas”, disse.

O secretário de segurança pública do Piauí, Fábio Abreu, afirmou que essa investigação foi iniciada pelo Ministério Público com apoio da Polícia Civil: “O principal alvo é o prefeito de Redenção do Gurgueia, o secretário, vereador e advogados relacionados a esse pessoal. Eles formam uma quadrilha especializada em fraudar licitações, notas fiscais e desvios de recursos”, explicou.

Na condução do gestor até a sede do GAECO, ele alegou inocência: “Eu sou inocente, não sei do que estou sendo acusado exatamente mas vamos provar minha inocência e vai ficar tudo tranquilo“, declarou.

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