Operação da PF mira grupo que sacava benefícios de pessoas mortas em THE

O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 772 mil, enquanto que o prejuízo futuro estimado do INSS seria superior a R$ 10 milhões

operação | reprodução
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A Polícia Federal, em parceria com a CGINT (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista), deflagrou, na manhã desta terça-feira (10/05), a Operação Tambaqui com o fim de desarticular organização criminosa especializada na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de saques e realizações de empréstimos consignados em benefícios previdenciários de pessoas falecidas.

A Operação mobilizou o total de 44 Policiais Federais para o cumprimento de 17 mandados judiciais, sendo 10 mandados de Busca e Apreensão, 5 de Prisão Temporária e 2 de Prisão Preventiva, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina. 

Os mandados judiciais foram cumpridos nos municípios Teresina e Caxias.

No decorrer das investigações já foram identificados 68 benefícios atrelados à Organização Criminosa, dos quais já se confirmou que em 24 deles o beneficiário é uma pessoa já falecida. O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 772 mil, enquanto que o prejuízo futuro estimado do INSS com o pagamento destes benefícios, com base na expectativa de vida do brasileiro segundo o IBGE, seria superior a R$ 10 milhões.

A pedido da Polícia Federal foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias dos CPFs de duas pessoas envolvidas nas fraudes identificadas e a suspensão judicial de 31 benefícios com fraudes comprovadas.

Polícia Federal deflagra operação de combate a crimes previdenciários em Teresina - Foto: Divulgação

Os investigados poderão responder pelos crimes de Organização Criminosa (Art. 2º da Lei 12.850/2013), Estelionato Majorado (Art. 171, § 3º do Código Penal); Falsidade Ideológica (Art. 299 do Código Penal) e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal).

O nome TAMBAQUI decorre do fato dos investigados, em suas conversas, nomearem os benefícios previdenciários como “Tambaqui”.

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