Maria Vitória dos Santos, foi assassinada a tiros pelo namorado no final da tarde do último domingo (14) em Monteiro, na Paraíba. O principal suspeito,Gilson Cruz, de 56 anos, foi preso ainda em flagrante na segunda-feira (16) em Brejo da Madre de Deus, Pernambuco.
Segundo testemunhas, Maria Vitória e Gilson estavam bebendo na casa dele quando uma discussão começou. Nesse momento, o homem teria disparado tiros que resultaram na morte da adolescente.
Prisão do Suspeito
Gilson foi preso após a Polícia Civil localizar a placa do carro dele através do monitoramento de câmeras de trânsito. Com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, o suspeito foi detido por volta das 17h, em Brejo da Madre de Deus, município pernambucano.
Acusações
De acordo com a polícia, o suspeito, que está preso, pode ser indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável.
Depoimentos da Família
Maria Lúcia dos Santos Farias, mãe da vítima, revelou que sua filha começou a ser abusada aos 13 anos. Em depoimento, ela afirmou que Gilson dava bebida para a adolescente antes de ter relações sexuais com ela.
Histórico de Agressões
Conforme relatos ao delegado Sávio Siqueira, conhecidos da vítima relataram um relacionamento marcado por agressões constantes de Gilson contra Maria Vitória. Entretanto, não havia registros policiais dessas agressões na Delegacia de Polícia Civil de Monteiro.
Após o crime, descobriu-se que Maria Vitória já havia relatado em mensagens de áudio enviadas para uma amiga que o namorado era violento e fazia ameaças com uma arma de fogo. A mãe da jovem afirmou que Maria Vitória tentava terminar o relacionamento, mas tinha medo e sofria ameaças. A adolescente chegou a mudar de escola, mas não conseguia manter os estudos porque Gilson a impedia.
Antecedentes do Suspeito
Gilson já havia sido condenado por lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.
Declarações do Suspeito
Segundo o delegado Sávio Siqueira, Gilson afirmou em conversa informal na delegacia que atirou em Maria Vitória após ela fazer uma brincadeira sobre uma briga que ele se envolveu no início do ano, quando foi encontrado desacordado dentro de um carro. No entanto, durante o depoimento oficial e a audiência de custódia, ele preferiu ficar em silêncio.