Novo confronto entre polícia e manifestantes deixa dois feridos na Bahia; já são 93 mortos

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na Assembleia Legislativa.

Manifestante que apóia a greve é atingido no rosto por bala de borracha | Divulgação
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Pelo menos duas pessoas ficaram feridas em um novo confronto entre a polícia e o grupo de manifestantes que se concentra na Assembleia Legislativa da Bahia em apoio aos policiais militares em greve desde terça-feira (31).

"Filma eles, filma eles, pra mostrar como estão despreparados. Como eles vão para a rua desse jeito?!?, questionou um dos feridos ao falar com a imprensa no local.

O outro ferido foi um cinegrafista de uma emissora de TV, que ao inalar o gás de efeito moral, teve sangramento no nariz. Não se sabe ao certo quem começou o conflito, mas o que se pode perceber foi a movimentação em que manifestantes atiravam objetos contra os policiais, que reagiu com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Desde o início do dia, cerca de 600 homens do Exército, além de 40 agentes do Comando de Operações Táticas (COT) isolam a área na tentativa de garantir a livre circulação e o funcionamento do Centro Administrativo da Bahia (CAB). O isolamento da área também visa facilitar o cumprimento pela Polícia Federal de 11 mandados de prisão contra integrantes do movimento grevista.

Mais cedo, a presença dos manifestantes no local gerou conflito com os homens que fazem o policiamento na região. Tiros de borracha chegaram a ser disparados contra o grupo, que avançou na direção dos soldados.

Os manifestantes passaram a se posicionar em frente ao jardim da Assembleia e a cantar em protesto contra o policiamento.

Segundo o coronel tenente-coronel Cunha, responsável pela área de Comunicação do Exército, o cerco é para permitir também que funcionários da Assembleia possam entrar no local e garantir a segurança de uma equipe que negocia com os grevistas a pacífica desocupação do prédio. Estão na região da Assembleia conversando com os manifestantes o secretário da Segurança do estado, Maurício Barbosa, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, e o general G.Dias, comandante das forças de segurança na Bahia.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) já registrou 93 homicídios em Salvador e Região Metropolitana desde o início da paralisação parcial da Polícia Militar no estado. Somente nesta segunda-feira (6) foram registrados quatro casos, todos no município de Camaçari.

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No último fim de semana foram 36 homicídios. Em 2011, em todo o mês de fevereiro a SSP registrou 171 mortes em Salvador e Região Metropolitana.

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