Não há previsão de busca dos restos mortais de Eliza em MG

Carta anônima sobre sonho indicava possível localização de restos mortais da ex-namorada de Bruno

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O delegado Wagner Pinto informou, na tarde desta sexta-feira (22), que, por enquanto, não devem ser feitas buscas ao corpo de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, em local indicado por carta. ?Por ora, não há previsão para a realização de buscas?, disse ao G1. De acordo com Pinto, pelo fato de a carta se tratar de uma denúncia anônima, também não haverá abertura de inquérito. O texto foi recebido pelo delgado no fim da manhã desta sexta-feira.

De acordo com advogado José Arteiro Cavalcante, que representa a mãe de Eliza no processo sobre morte e desaparecimento da modelo, a polícia teria dito a ele que as buscas seriam inciadas de imediato, provavelmente até este sábado (23). A assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou a informação dada pelo delegado Wagner Pinto de que não há previsão para realização de trabalhos no local.

Carta

José Arteiro disse, nesta quinta-feira (21), ter em mãos uma carta anônima indicando o local onde estariam os restos mortais da ex-namorada de Bruno. De acordo com o defensor, a carta foi recebida por Sônia Fátima de Moura nesta quarta-feira (20) em Belo Horizonte, onde ela participou de um programa de televisão. No texto, a pessoa que não quis se identificar disse ter tido um sonho sobre a localização do corpo de Eliza Samudio.

Na carta, a pessoa relata um sonho que teve sobre a localização do corpo de Eliza Samudio. Leia trechos da carta:

"O ano passado eu também tive um sonho com o lugar onde a elisa havia sido jogada. Sonhei com o nome da rua e número, havia até uma passagem secreta que dava acesso ao poço onde ela foi jogada".

"No sonho eu vi uma rua sem saída onde há um convento de padres, sendo o poço propriedade dos padres e fica no meio de uma reserva florestal que é também propriedade desses padres. No meu sonho antes de chegar a esse local, eu passei primeiro por um colégio de nome Santa Maria, e poucos metros depois fica o convento, a reserva florestal e o poço grande e profundo. Para chegar a esse poço há uma passagem secreta com fios de arame farpado ao lado da floresta próximo ao convento".

A Província Carmelitana, que existe na rua indicada na carta, no bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte, confirmou a existência de um poço no terreno. Segundo um dos alunos, o terreno não é cercado, e o poço pode ser acessado por uma mata que existe ao lado.

De acordo com o delegado Wagner Pinto, em 2010, buscas foram realizadas nas proximidades do local indicado pela carta.

Relembre o caso

O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.

Ao ser publicado, este texto não trazia a informação de que o teor da carta era baseado em um sonho.

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