Mulheres são suspeitas de terem matado surfista que caiu do 11º andar

Se as suspeitas forem confirmadas, dupla deve ir para júri popular

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Duas mulheres foram indiciadas pela morte de um surfista em Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (4). O homem caiu do 11º andar de um prédio em março de 2012. O homem prestava serviço de entrega para as mulheres. As suspeitas pelo crime devem ir a júri popular.

A investigação por parte da Polícia Civil foi concluída e o caso está nas mãos da Justiça. O promotor Octávio Borba de Vasconcellos já apresentou a denúncia que foi aceita pelo juiz. "Terá um prazo para oferecer a defesa preliminar, as testemunhas, pedir diligências e depois de tudo isso o juiz vai deferir ou não as diligências pedidas pelas partes", diz o promotor.

Depois de todos esses procedimentos, em mais ou menos dois meses, o juiz vai dizer se há ou não indícios de que as duas suspeitas são autoras do crime. Se a resposta for afirmativa, elas vão a júri popular. Cristiano Gomes da Silva, conhecido como Pinguim, caiu do 11º andar de um prédio no bairro do Embaré no dia 2 de março do ano passado. As investigações apontam que Gilda Barbosa da Silva e Clarice Mariana de Oliveira teriam empurrado o homem depois de uma discussão. Ele caiu de uma altura de 30 metros.

O promotor afirma que o laudo da perícia não deixa dúvidas de que Cristiano foi assassinado, e diz também que não importa quem empurrou a vítima. Ambas devem ser processadas pelo crime. "Escutou-se uma discussão envolvendo vozes de duas mulheres e a vítima, e logo depois o estrondo do corpo lá embaixo. Ele foi ao prédio para ter contato com elas, e só com elas. Ele subia no 11º andar, pegava as marmitas cheias, entregava as marmitas e recolhia as marmitas vazias. Assim ele prosseguia todos os dias", explica.

A viúva do surfista só espera justiça. "As pessoas tem que ter consciência de que tudo na vida que você faz tem uma consequência, e isso é um exemplo. Uma consequência, uma condenação vai ser um exemplo para a sociedade", conta Cristina Oliveira Dalmas.

Os advogados das mulheres suspeitas disseram que não há nenhuma prova de que as duas tenham participado do crime, e ainda colocam em dúvida o laudo da pericia que descarta a hipótese de que a vitima havia cometido suicídio. Os advogados dizem ainda que a denúncia foi precipitada e aguardam decisão do juiz para apresentarem a defesa.

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