Na manhã desta segunda-feira (3), a Polícia Civil de Alagoas abriu uma investigação após receber um chamado envolvendo o espancamento de uma mulher transexual, na cidade de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas. A mulher, identificada apenas como Grazy, teve a casa invadida e, de acordo com informações preliminares sobre o caso, acabou sendo brutalmente agredida.
Após chegarem ao local, os policiais civis e militares registraram a ocorrência e confirmaram que os ferimentos da vítima eram muito graves. A mulher teve lesões no rosto e possuía muitas marcas de espancamento. De acordo com informações a cerca da investigação, a vítima foi encontrada por colegas de trabalho que sentiram sua falta no expediente.
Em nota divulgada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu - 192), a assistência destacou que às 9h21, recebeu o chamado para transferir uma vítima de agressão física, da área vermelha do Hospital Clodolfo Rodrigues, no município de Santana do Ipanema, para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), localizado em Arapiraca.
"Para a ocorrência, o Samu encaminhou uma equipe de Unidade de Suporte Avançado (UTI – móvel), para transferir vítima que sofreu diversas lesões na face, com sangramento intenso, do sexo masculino, 38 anos. Informação passada pelas equipes é de que vítima é travesti. O Samu não fez o atendimento no momento da agressão, e sim a transferência da vítima, do Hospital Clodolfo Rodrigues para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA)", consta em nota.
Ainda não há informações sobre o autor das agressões ou o que teria motivado a invasão e o ataque à vítima.
RELEMBRE CASO RELACIONADO
Assim como Grazy, um outro caso repercutiu em vídeo após uma mulher transexual também ser agredida. Atearam fogo em seu corpo enquanto a mesma estava em pé em uma calçada. O caso ocorreu na noite do dia 10 de junho, em Bangu, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um homem que estava dentro de um automóvel atacou Beatriz Sttefany Viella Vicente, de 18 anos, que estava à beira da Avenida Brasil.
O homem ateou fogo em Beatriz usando um isqueiro e um desodorante spray. A vítima, que trabalhava como garota de programa no local, contou que inicialmente, antes do ataque, esses homens teriam passado por ela e suas amigas, que também estavam presentes, e as assediaram, proferindo insultos e demonstrando preconceito.