O laudo nescroscópico divulgado nesta segunda-feira (23) confirmou que a dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, de 54 anos, foi morta com um corte profundo no pescoço. A vítima foi encontrada desfigurada no dia 14 deste mês em Mairiporã, na Grande São Paulo. A delegada responsável pelo caso, Claudia Patrícia Dalvia, ainda aguarda uma outra perícia, que vai apontar se a vítima foi sedada antes do assassinato.
A pedido da delegada, foi decretado segredo de Justiça nas investigações, nesta segunda-feira. Também foram divulgadas as imagens do circuito de segurança que mostram o momento em que Geralda chegou ao apartamento, na Zona Norte de São Paulo, às 20h38 da sexta-feira (13).
Mais tarde, quando faltavam cinco minutos para 1h de sábado (14), Geralda saiu pelo elevador de serviço. Quatro minutos depois, o carro dela deixou a vaga, passou pelo primeiro portão da garagem e, à 1h, saiu do prédio.
Pouco antes das 3h, a Polícia Militar encontrou o corpo da dona de casa na estrada de Santa Inês, em Mairiporã. Ele estava ao lado de uma pedra usada em rituais de magia negra. O rosto havia sido mutilado. Olhos, pele e músculos da face foram arrancados. Ao lado do corpo, havia cestos parecidos com o que Geralda carregava nas mãos quando chegou em casa na noite anterior.
Investigação
A polícia já ouviu 17 testemunhas, entre parentes, amigos e funcionários do apartamento e do prédio da vítima. A principal suspeita é que Geralda tenha sido morta em um ritual de magia negra, mas alguns detalhes intrigam os investigadores.
O filho de Geralda, por exemplo, chegou ao apartamento às 3h05. Nos depoimentos, ele contou que percebeu que ela não estava em casa e avisou o pai. Nenhum dos dois chamou a polícia ou tomou qualquer atitude.
Contrariando hábitos da vida inteira, ela saiu sem documentos ou celular, tirou o anel preferido e ainda jogou fora todos os remédios que tomava regularmente.
A última imagem de Geralda mostra que ela levou apenas uma sacola de pano onde sempre carregava água benta e um copo de alumínio. O copo foi encontrado com uma substância esbranquiçada, que está sendo analisada pela perícia.
Segundo a delegada que investiga o caso, por enquanto, não existe nenhum suspeito.