Mulher que morreu espancada por fisiculturista tinha citado 'medo' para amiga

Nas conversas, Marcela expressou seu medo de sair do relacionamento e a preocupação de que Igor tirasse a guarda de sua filha.

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Print mostra conversa de Marcela Luise com amiga | Reprodução

Marcela Luise de Souza Ferreira, que morreu após ser levada inconsciente ao hospital pelo fisiculturista Igor Porto Galvão, desabafou com uma amiga sobre as violências que sofria, conforme o inquérito policial. Nas conversas, Marcela expressou seu medo de sair do relacionamento e a preocupação de que Igor tirasse a guarda de sua filha.

Marcela relatou sua tristeza com o relacionamento em mensagens trocadas com a amiga. "É muito difícil para mim, isso me corrói por dentro", escreveu.

De acordo com a Polícia Civil, Igor levou Marcela ao hospital no dia 10 de maio, alegando que ela havia caído. Marcela sofreu traumatismo craniano, quebrou oito costelas e apresentou outros ferimentos pelo corpo. Ela morreu dez dias depois, e Igor foi indiciado por feminicídio.

Os advogados de Igor lamentaram a morte de Marcela e informaram que solicitarão a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares.

Marcela Luise já tinha relatado para amiga o medo que sentia de Igor - Foto: Reprodução

A delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, afirmou que o laudo da perícia na residência do casal e o exame de corpo de delito da vítima reforçam a suspeita de espancamento por parte do fisiculturista.

Segundo a delegada, as lesões de Marcela são incompatíveis com uma queda da própria altura, como alegado por Igor. "Não há dúvidas de que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico-legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos", afirmou.

Marcela foi levada ao hospital por Igor no dia 10 de maio, e, segundo a Polícia Civil, ele informou aos médicos que ela havia caído em casa. Câmeras de segurança registraram o momento em que o carro do casal deixou o condomínio onde moravam.

Igor Porto Galvão foi preso acusado de espancar a esposa até a morte - Foto: Reprodução

A tia de Marcela descreveu-a como uma mulher doce, amorosa e sorridente. Marcela trabalhava há três meses como secretária de Igor e não tinha redes sociais. "Ela tinha, mas apagou. Quando perguntaram, ela disse que precisava de foco, se concentrar mais e que [as redes sociais] tomavam muito o tempo dela. Mas a gente sabe que era uma forma dele controlar ela", ressaltou.

Marcela deixou uma filha de 5 anos, fruto do relacionamento com Igor. A tia de Marcela contou que ela conheceu Igor na adolescência, na época da escola. Eles se reencontraram já adultos e iniciaram o relacionamento.



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