Mulher que matou própria amiga e roubou os gêmeos é condenada

Ela era acusada de ter assassinado em fevereiro de 2013 a amiga, a dona de casa Raimunda Vieira, 34, e sequestrado o casal de filhos gêmeos da vítima

Marli Nogueira Lima (esquerda) foi condenada por matar amiga, a dona de casa Raimunda Vieira (direita) | Montagem/R7
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Foi condenada na noite de quarta-feira (12), em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia, a costureira Marli Nogueira Lima, 52 anos. Ela era acusada de ter assassinado em fevereiro de 2013 a amiga, a dona de casa Raimunda Vieira, 34, e sequestrado o casal de filhos gêmeos da vítima, na época, bebês com oito meses de idade.

Marli recebeu uma pena de 21 anos e dois meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e falsificação de documentos. Ela está presa em Inhumas, mas deverá ser transferida para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

A costureira chegou a apresentar ao Ministério Público certidões de nascimento falsificadas, figurando como mãe biológica dos gêmeos, logo depois do crime, quando já era considerada suspeita. No julgamento, quarta-feira, o MP sustentou que a morte da dona de casa foi cuidadosamente tramada. O objetivo era simular uma gravidez para tentar reatar um namoro.

Ela teria se aproximado da vítima no final de 2012, em Itauçú, a 64 km de Goiânia, onde Raimunda morava com a família. Após conquistar a amizade da dona de casa, a acusada teria prometido ajudar a amiga a conseguir uma casa popular em Inhumas, cidade mais próxima de Goiânia.

As investigações apontaram que, no dia 28 de fevereiro de 2013, Marli levou a vítima e os gêmeos para um canavial onde teria dopado a vítima e a matado por estrangulamento, queimando o corpo em seguida. Na sequência, inventou uma viagem fantasiosa para justificar o sumiço da dona de casa. A chave para desmentir a versão foi o depoimento de um dos filhos de Raimunda, então com sete anos, que relatou ter visto um desentendimento entre as duas no dia em que a mãe sumiu e que viu Marli jogar álcool no rosto da vítima.

O julgamento durou nove horas e a sentença foi proferida pelo juiz Nickerson Pires Ferreira. A sessão foi assistida por familiares e amigos da dona de casa, entre eles, o marido de Raimunda, o pintor Paulo Evangelista Monteiro, 34.

Atualmente, o viúvo e os pais dele cuidam dos gêmeos e de mais três filhos que o casal tinha.

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