Servidora pública é esfaqueada por marido em THE

“Ele me agride desde o início do nosso relacionamento”, disse vítima

A vítima diz que só não morreu porque sua amiga não deixou | Reprodução / Rede Meio Norte
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A servidora pública Ivanilda Holanda, residente na zona Norte de Teresina, agredida no centro de Teresina nesta terça-feira, 3, foi alvo de discussão com a delegada Vilma, durante o programa Agora, apresentado pelo jornalista Carlos Morais nesta quarta-feira, 4.

Depois das ameaças que a vítima vinha sofrendo ao longo dos anos, a mulher teve uma briga com o companheiro e só não foi assassinada no meio da rua por causa de uma amiga. ?Eu estou com medo. Nestes dias estou sem dormir. Peço ajuda e segurança à delegada. Estou sendo ameaçada desde o começo do relacionamento. Quero só ver de que forma a Justiça vai atuar para eu sair daqui de Teresina?

Ivanilda pegou um corte no braço que lhe resultou em 14 pontos. Ela explica que foi empurrada e atacada pelo companheiro. ?Ele chegou de uma vez e foi logo me empurrando com a faca. Eu já tinha dado parte dele na Delegacia do Mocambinho e estou esperando a Justiça, mas ele disse que a Justiça não vai fazer nada.?

Em um matrimônio, a delegada afirma que não concorda com retorno quando há separação provocada por uma agressão feita por um ?brutamontes?. ?Depois do espancamento eu não aconselho que a mulher volte para o marido. O homem que é um brutamontes eu não recomendo que a mulher volte. Eu sou contra essa segunda chance, quando há agressões. A Lei Maria da Penha oferece segurança e proteção porque ela garante à mulher o direito da constituição. Nesses casos de ameaça ela oferece a medida protetiva à mulher. Quando ela pede proteção ela tem. Basta apenas que ela solicite e a delegada pode fazer a representação, mas tem que ter a vontade dela?, disse a delegada.

A delegada assegura que há casos que não adianta insistir na tentativa de reversão. ?Tem situações que não adianta o diálogo porque o poder do homem fala mais alto. Fizemos uma discussão recentemente para acabar com essa violência que não tem limite. É necessária uma conscientização de toda a família".

A violência contra a mulher, segundo a delegada, tem muitos motivos, principalmente a ?cultura machista?. "Ela tem a informação de que tem que obedecê-lo na escola e em casa. É a força do domínio do homem sobre a mulher. Hoje ela vai sem nenhum sentimento de culpa. As vezes o que acontece é que a mulher dá uma nova oportunidade ao homem e termina voltado para o agressor e torna a ser agredida.?

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