Uma mulher de 38 anos conseguiu escapar de ser estuprada ao oferecer R$ 100 para o homem que a rendeu, armado com uma faca, em São Gabriel do Oeste, a 133 km de Campo Grande. Com a promessa do pagamento, ela conseguiu atraí-lo até a casa de uma amiga e chamou a polícia. Na fuga, o suspeito feriu um policial militar e foi morto com um tiro. O caso aconteceu na segunda-feira (10) e, nesta quinta-feira (13) a vítima prestou depoimento à Polícia Civil.
A tentativa de estupro aconteceu durante a madrugada do dia 10, por volta da 1h (horário de MS). A mulher disse que trabalha como atendente de cozinha e sempre voltou a pé para casa, mesmo quando saía muito tarde. Ao passar pela ponte do córrego Capão, na região central, foi rendida por um homem que estava de bicicleta e armado com uma faca. Segundo a vítima, ele aparentava estar sob efeito de drogas.
A mulher foi arrastada para um matagal próximo e o homem a obrigou a tirar a roupa. ?Pedi pra ele não me matar porque eu tinha três filhas para criar. Também falei que eu tinha pouca coisa de valor, mas que eu tinha R$ 100 em casa e poderia dar o dinheiro pra ele.? O homem aceitou a oferta.
No trajeto, o homem a seguiu de bicicleta enquanto ela caminhava. ?Ele falou que só ia me matar se eu tentasse correr, por isso que eu tentei manter a calma e conversar com ele?. Para que ele não soubesse onde morava, a mulher o levou até a rua da casa de uma amiga. Enquanto iria buscar o dinheiro, ele deixou a bicicleta perto de uma árvore e ficou esperando na esquina. Ela entrou na casa e pediu socorro a amiga. As duas chamaram a polícia.
De acordo com o registro da ocorrência na Polícia Civil, com a chegada dos policiais militares, o suspeito tentou fugir e foi perseguido. Ele tentou se esconder nos fundos de uma casa, foi encontrado e tentou esfaquear um PM. O homem foi ferido com um tiro no braço e, ao tentar atingir o policial novamente, foi atingido com tiro no tórax. Ele foi socorrido pelos policiais até o hospital municipal, mas morreu ao dar entrada na unidade. O suspeito foi identificado como sendo um ajudante de pedreiro de 25 anos.
A ajudante de cozinha fez exames no hospital e foi orientada a tomar medicamentos, já que, apesar de não ter o ato sexual consumado, foi obrigada a ter contato físico com o homem. "Tive sorte dele aceitar minha proposta".