A Polícia Civil de Iepê, no interior de São Paulo, investiga o envolvimento de Elisângela Silva Paião, 47, no assassinato do próprio marido, o agropecuarista Airton Braz Paião, 54. Um mandado de prisão temporária contra Elisângela foi expedido e a mulher é considerada foragida.
O agropecuarista foi alvo de uma tentativa de homicídio, na área rural da cidade, na última quarta-feira (21). Ele foi atraído até o local em uma emboscada e levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas. Apesar dos disparos, Paião se fingiu de morto e, após os atiradores deixarem o local, conseguiu pedir ajuda. O homem foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Presidente Prudente, cidade vizinha.
No sábado, enquanto estava internado, o agropecuarista foi morto a tiros pelo soldado da Polícia Militar, Marco Francisco do Nascimento, 30, que tirou a própria vida, em seguida, ainda dentro do hospital. O PM falou com uma irmã de Paião e pediu para que ela se retirasse do local, com o pretexto de estar acompanhando as investigações da tentativa de homicídio contra o agropecuarista.
Segundo a polícia, a mulher do agropecuarista teria envolvimento no crime. O fato de ela não estar presente no velório do marido foi um dos fatores que chamou a atenção dos policiais. Além disso, ela contou que mantinha um relacionamento extraconjugal com o policial militar.
"Em depoimento, a mulher disse que estava cogitando se separar do Airton porque não era bem tratada por ele. Informalmente, ela disse que tinha uma relação com o policial e que tinha afeto por ele", relata o delegado responsável pelo caso, Henrique Gasques.
A polícia realizou uma operação na cidade e prendeu temporariamente um homem suspeito de participar da emboscada que resultou na tentativa de assassinato contra o agropecuarista. "Ele negou as acusações, mas acreditamos que ele possivelmente participou da emboscada com o policial", acrescenta o delegado.