Mulher é presa suspeita de consentir abuso de filha e enteada de 6 anos

Para polícia, mãe estimulava abusos de companheiro contra crianças.

Mulher acusada de consentir abuso sexual contra filha e enteada tem tatuagem no punho com palavras "amor só de mãe" | G1
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Uma mulher foi presa em Sobradinho II na manhã desta quarta-feira (16) suspeita de consentir e estimular o abuso sexual de sua filha de 6 anos de idade e de sua enteada, de 9 anos. De acordo com a polícia, os abusos eram cometidos pelo companheiro da suspeita, pai e padrasto das vítimas, e aconteciam há pelo menos três anos. O homem havia sido preso no último dia 13.

Ambos vão responder por estupro de vulnerável e podem pegar de 15 a 30 anos de prisão.

De acordo com o delegado Rogério Oliveira, da 35ª DP, uma vizinha do casal flagrou a criança mais nova sendo molestada sexualmente pelo padrasto e coagiu a mãe a denunciar o homem à policia. A mãe foi à delegacia registrar ocorrência e disse à polícia que os abusos aconteciam principalmente quando o parceiro estava embriagado. De acordo com o delegado, a mulher não teria denunciado os abusos antes por não ter "condições sociais" de deixar o parceiro ou de chegar à delegacia.

O homem teve a prisão preventiva decretada e cinco crianças que fazem parte da família foram levadas a um abrigo com a mãe. Segundo o delegado Oliveira, após a prisão do suspeito, a vizinha foi à delegacia e denunciou a mãe que, segundo ela, sabia dos abusos e já teria sido orientada diversas vezes a denunciar o parceiro.

Assistentes sociais do abrigo onde estão as crianças também relataram à polícia que a mãe agredia verbalmente as filhas e as acusava de estarem acostumadas a manter relações com o pai. De acordo com o delegado, um laudo médico comprovou que a menina de 9 anos já foi abusada. Com essas provas, a polícia decretou a prisão da mulher nesta manhã.

Após ser presa, a mãe negou o depoimento dado à 35ª DP e afirmou nunca ter presenciado algum tipo de abuso.

De acordo com o pai, a acusação da vizinha não é verdade e foi provocada por uma discussão ocorrida na última semana. ?Não sou capaz disso e estou com a consciência limpa. A verdade tem que vir à tona?, disse. ?Homem que é homem não faz isso, pai que é pai não faz isso.?

O delegado afirma não ter dúvidas da culpa do casal. "A mãe, à princípio, confirmou toda a história e, agora, ao tomar ciência de sua prisão, nega", disse o delegado Oliveira.

O casal é de Praia Grande, São Paulo, e estava junto há cerca de quatro anos. A mulher já tinha passagem na polícia por tráfico de drogas. O suspeito tem quatro filhos, entre eles, a menina de 9 anos. A outra criança, de 6 anos, é filha da mulher com outro homem. Eles têm um filho de 10 meses. As crianças permanecem em um abrigo e serão colocadas para adoção.

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