Uma vendedora de roupas, de 34 anos de idade, residente em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, vive um a situação extremamente desumana: há 4 anos sofre sucessivos estupros coletivos. No último, ocorrido na segunda-feira, dia 17, ela foi estuprada por pelo menos 10 homens. Mãe de três crianças, a mulher revela momentos de desespero e horror.
A vendedora conta que estava bebendo com um amigo quando, de repente, foi surpreendida por um grupo de jovens. "Estava em um bar, na Rua Cardeal Sebastião Leme, bebendo cerveja com um amigo. Já era uma da madrugada quando quatro rapazes chegaram na minha mesa e me obrigaram a entrar no banheiro com eles. Meu amigo ainda chegou a dizer que estava comigo, mas eles falaram que quem mandava em mim eram eles", relatou.
"Eu implorava para que eles parassem, mas não adiantava de nada. Eles só me machucavam mais. Aos poucos, foram aparecendo outros homens até que percebi que tinham uns 10 homens abusando de mim. Eles diziam que iriam me matar e me jogar no valão se eu ficasse gritando", contou.
"Já no banheiro, fui obrigada a fazer sexo oral em todos eles", disse.
Segundo ela, um dos estupradores viu uma viatura e avisou para os demais, foi quando teve fim o ato monstruoso. "Um deles notou um movimento estranho na rua e falou: “Tem um carro sinistro vindo ali” e logo em seguida, correram para o matagal", afirmou.
Os policiais chegaram ao local e socorreram a vendedora que chorava muito. Dois adolescentes, um de 15 e outro de 16 anos, foram apreendidos e reconhecidos pela vítima. Os demais acusados ainda não foram presos.
Vídeo íntimo
No ano de 2011, ela se envolveu com um funcionário de uma empresa de refrigerantes. Os dois mantiveram relacionamento e durante relação sexual o homem, cujo nome não pode ser divulgado, filmou tudo e saiu mostrando para outras pessoas. Segundo ela, a divulgação do vídeo foi o inicio de um pesadelo que parece não ter fim.
"Foi a partir desse vídeo que minha vida se tornou um inferno. Ainda falei para ele apagar o vídeo e disse que isso iria me complicar. Os traficantes de Lagoinha também tiveram acesso ao material. Já em março de 2012, quando eu estava em um trailler no campo de Miriambi (Bairro vizinho ao de Lagoinha), seis homens, todos do tráfico, me obrigaram a fazer sexo com eles. Eles me arrastaram para dentro do banheiro e fizeram tudo comigo. Eles ficam o tempo todo me coagindo. Me batem muito", contou.