A ex-estudante de direito Érika Passarelli, 31 anos, foi condenada na madrugada desta terça-feira a 17 anos de prisão pela morte do pai, Mário José Teixeira Filho, 50 anos, em agosto de 2010. O julgamento aconteceu na cidade de Itabirito, a 55 quilômetros de Belo Horizonte, e terminou por volta de 2h da madrugada.
Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por um seguro de vida no valor de R$ 1,2 milhão que Érika receberia. Ainda de acordo com o Ministério Público, Érika e o pai teriam planejado um golpe contra a seguradora, mas eles teriam se desentendido e ela teria decidido matar o pai. Com a descoberta do crime, a companhia não pagou o valor segurado.
Érika está presa há dois anos, depois de ter sido encontrada em uma casa de prostituição no Rio de Janeiro, segundo a investigação. Na época, a Polícia Civil em Minas Gerais divulgou que ela era procurada também por estelionato, já que utilizaria cheques roubados para fazer compras em lojas de alto padrão na capital mineira. A ex-estudante foi flagrada por câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais e as imagens foram exibidas pela imprensa. Um programa de televisão, chegou a exibir imagens de Érika, ainda com os cabelos loiros, em uma praia bebendo e se divertindo enquanto era procurada.
Durante o júri, a acusada negou que tenha planejado e mandado matar o pai. O corpo de Mário José Teixeira Filho foi encontrado em um matagal às margens da BR-356, próximo a Itabirito. O assassinato teria sido executado por um ex-namorado de Érika e pelo pai dele, um cabo reformado da PM de Minas Gerais. Eles ainda aguardam julgamento em liberdade.