Uma estudante de direito, de 22 anos, foi ofendida e agredida dentro da casa noturna Rancho do Serjão, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo o relato de Bárbara Braga, ela levou socos, chutes e cotoveladas após responder a ofensas de um homem que a chamou de “gorda nojenta”. Segundo a vítima, o agressor foi retirado do local por seguranças.
Bárbara conta que após ser agredida ela foi levada a enfermaria, onde limparam os ferimentos, mas criticou a postura dos seguranças do Rancho do Serjão . “Me disseram para resolver fora da casa. Não nos deixaram sair, preocupados com que não pagássemos a comanda. Acusaram minha amiga de querer consumir e sair sem pagar”, afirmou.
A vítima disse que a polícia foi acionada apenas por outros frequentadores da casa noturna. Após ser atendida pela enfermaria, Bárbara foi ao hospital e em seguida fez boletim de ocorrência de lesão corporal. O caso foi encaminhado para o 2º Distrito Policial de São Bernardo.
Para Bárbara, a postura da balada diante do caso foi “desumana”. Na página do Facebook do estabelecimento, amigos da vítima e outros frequentadores cobraram explicações. “Lugar onde o valor de uma comanda é mais importante que uma pessoa que foi agredida simplesmente por ser da forma que ela é! Vergonha do staff de vocês que não tem um pingo de senso e empatia pelo próximo”, comentou uma internauta.
“Quando é gordo não pode ir pra balada dançar? Não pode se divertir? Não pode ser feliz? Pois é, injustamente ela [Bárbara] levou socos no rosto, não consegue comer, porque sua garganta está machucada, está super abalada”, relatou Mariana Braga, irmã da vítima, em trecho de uma publicação na página. No entanto, todos os comentários da página foram apagados na tarde desta segunda-feira (17) por conta de represarias.
Em nota oficial, o Rancho do Serjão de São Bernardo do Campo informou que “lamenta profundamente o ocorrido e repudia qualquer tipo de violência, seja qual for sua motivação”. O “Rancho” informou ainda que a polícia militar foi acionada pela casa e que recomendou que Bárbara fizesse o boletim de ocorrência. “Nos colocamos à disposição das autoridades para qualquer outro tipo de esclarecimento”, conclui a nota.