Mulher depõe à polícia e levanta mais perguntas do que respostas sobre assassinatos

No seu depoimento às autoridades, a servidora pública detalhou informações cruciais sobre a rotina familiar, visando identificar possíveis suspeitos do crime. Na fatídica data do ocorrido, ela relatou estar no trabalho quando tentou contato telefônico com seus pais, Aparecido Roberto Carrasco, de 74 anos, e Joana Fátima Sanches Carrasco, de 70 anos, buscando notícias do esposo, Valdinei Sousa, de 57 anos.

Entretanto, a ligação não obteve resposta, gerando preocupação na filha, já que Valdinei saíra para uma caminhada matinal sem levar o celular, uma prática habitual durante a qual costumava passar na residência dos sogros. Diante da ausência de comunicação, Karina optou por dirigir-se à casa dos pais, onde se deparou com a cena chocante: os três membros da família haviam sido esfaqueados no pescoço, cada um em compartimentos diferentes do imóvel, conforme descrito no boletim de ocorrência.

CENA DO CRIME

No ambiente da cozinha, equipes de resgate encontraram os queimadores do fogão acesos e um botijão de gás em chamas, além de um pano em combustão sobre o eletrodoméstico. Embora inicialmente se suspeitasse de um possível assalto, nenhum objeto fora subtraído da residência, e não havia sinais de arrombamento na entrada principal.

As duas famílias envolvidas são parte integrante da comunidade de Agudos, município no centro-oeste do estado, com 37.680 habitantes, conforme o último censo do IBGE. De linhagens tradicionais e ligadas historicamente à atividade rural na região, tanto a família de Aparecido e Joana quanto a de Valdinei gozavam de grande estima entre os moradores locais. O impacto dos assassinatos reverberou na cidade, mobilizando a atenção de toda a comunidade.

O caso foi formalmente registrado como homicídio na Delegacia de Agudos, e a perícia foi acionada para o local do incidente. As vítimas foram encaminhadas para exame necroscópico, em uma investigação conduzida pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).