Mulher de publicitário que matou zelador e escondeu corpo é solta

De acordo com a Polícia Civil, Ieda deixou o local por volta das 22h devido a um alvará de soltura expedido pela Justiça.

Mulher do publicitário diz ser inocente | Divulgação
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A mulher do publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47 anos, suspeito de matar o zelador Jezi Lopes de Souza, a advogada Ieda Cristina Martins, 42 anos, deixou a carceragem do 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi), na noite desta terça-feira. De acordo com a Polícia Civil, Ieda deixou o local por volta das 22h devido a um alvará de soltura expedido pela Justiça. Eduardo segue preso no 77º DP (Santa Cecília).

Na terça-feira, o advogado da família do zelador, Robson de Souza, afirmou que a mulher do publicitário sabia do crime. De acordo com Robson, a versão da mulher não se sustenta. ?Não há possibilidade de ela não saber (do crime), como alegou. As fitas (das gravações das câmeras de segurança) já dão um norte de como ocorreu e mostram o conflito com a versão dada por ela?, diz.

O defensor de Ieda, no entanto, pediu a revogação temporária de sua cliente, sob alegação de que ela não teria participação nenhuma no crime. ?No momento do crime, ela não estava no apartamento. O Eduardo ligou para ela, no trabalho, às 16h30, dizendo que estava passando mal. Às 15h30, o zelador saiu do elevador e se atracou com Eduardo no hall do andar e, nesse momento, ele bateu a cabeça no batente da porta e faleceu. Ela chegou em casa por volta das 17h e o marido pediu para ela descer para comprar algumas coisas para o filho, inclusive pão. Na volta, ele disse para ela buscar o filho que os dois iriam na igreja, levar roupas para doação?, disse o advogado Roberto Guastelli.

Segundo a versão de Ieda, o casal já tinha combinado de levar roupas para doação até a igreja Santa Rita, no Pari. De acordo com a defesa da mulher, ao voltar com o filho, ela interfonou para o marido, que não atendeu. ?Aí ela foi para a garagem, achando que ele estava lá. Chegando lá, ela interfonou outra vez e ele atendeu, descendo com a mala e o saco de roupas?, disse.

Família de zelador aguarda exame para liberação de corpo

Familiares do zelador aguardam a liberação do corpo que ainda está na cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, para realizar o sepultamento. Segundo Robson, o desentendimento entre o zelador e o publicitário não era tão grande. "Havia desentendimento como em qualquer condomínio, mas não era essa guerra que estão falando." Para o primo da vítima, o que resta agora é aguardar os trabalhos da Justiça. "Temos que confiar e acreditar que a justiça seja feita."

A filha do zelador, Sheyla Viana de Souza, 27 anos, esteve no 13º DP, na Casa Verde, na terça-feira. Visivelmente abalada, ela disse que espera o corpo do pai para fazer uma última homenagem. "Infelizmente temos que esperar, não tem o que fazer, não tenho nem o que falar", disse.

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