Na manhã desta segunda-feira (19), uma equipe de advogados chegou ao Departamento de Investigações de Belo Horizonte e se identificou como a nova defesa de Dayanne Souza, mulher do goleiro Bruno.
De acordo com o advogado Walker Azevedo, ele e mais dois defensores passam, a partir de agora, a representar Dayanne que, segundo Azevedo, não quer mais ser defendida por Ércio Quaresma. Ele afirma que é um pedido da família dela.
Ainda segundo o advogado, o último depoimento de Dayanne terminou na madrugada de sábado (17), mas ele não comentou o conteúdo. De acordo com Azevedo, Dayanne vai colaborar com a polícia.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Dayanne passou a sexta-feira (16) no DI e prestou depoimento ao longo do dia. Ela não teria respondido às perguntas da polícia. Na ocasião, ela foi acompanhada pelo advogado Frederico Franco, da equipe de Quaresma.
Procurado pela equipe do G1, Quaresma confirmou que não defende mais Dayanne. Já Franco disse que ainda não foi informado sobre a troca de advogados.
Ércio Quaresma é responsável pelas defesas de Bruno, Luiz Henrique Romão - o Macarrão, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques e Elenilson Vitor da Silva. Eles são suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio e estão presos temporariamente. Todos negam participação no crime.
Eliza Samudio está desaparecida desde o início de junho e é considerada morta pela polícia. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, no ano passado, e brigava na Justiça pelo reconhecimento da paternidade do filho de 5 meses, que seria do jogador.
Prisão
A mulher de Bruno já havia sido ouvida durante as investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, quando foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada Alessandra Wilke, ela foi autuada por subtração de incapaz.
No primeiro depoimento à polícia, Dayanne teria dito que Eliza abandonou o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na casa de desconhecidos.
Dayanne está presa no Complexo Penitenciário Estevão Pinto, em Minas Gerais, desde a semana passada. Em 15 de julho, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ela teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça mineira.