O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com um recurso na Justiça contra a decisão que soltou Alexandre Nardoni, nessa segunda-feira (6), para que ele cumpra o restante da pena pelo assassinato da filha, Isabella Nardoni. O crime ocorreu em 2008, quando a vítima tinha 5 anos.
O QUE DIZ A PROMOTORIA - A Promotoria quer que Alexandre volte ao regime semiaberto por considerar que ele precisa passar por mais exames psiquiátricos antes de progredir para o regime aberto. O MP-SP sugere a aplicação do teste de Rorschach, para que a Justiça possa ter mais elementos e verificar se ele pode de fato ser colocado em contato com a sociedade.
A Promotoria ainda "considera que Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento". Segundo o MP, há um documento que "cita ainda indicação psiquiátrica de que o réu possui 'impulsividade latente', além de exibir elementos de transtorno de personalidade."
PROGRESSÃO DE PENA - Alexandre conseguiu o benefício do regime aberto porque, pela lei, cumpriu o tempo da pena necessário, além de ter bom comportamento e trabalhar na prisão. Ele deixou a Penitenciária de Tremembé, também no interior paulista, onde vai morar com a família e continuar trabalhando, mas em liberdade.
ALEGAÇÃO DA PROMOTORIA - Para os promotores, apesar de Alexandre ter cumprido o tempo necessário na prisão para progredir do regime semiaberto para o aberto, eles entendem que é preciso uma decisão judicial colegiada sobre o assunto.