Quase cinco meses após a bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga ter sido presa preventivamente ao confessar que matou e esquartejou sozinha o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, o Ministério Público de São Paulo recebeu explicações sobre o exame de DNA feito no apartamento do casal. A promotoria deve pedir nesta quarta-feira (17) para Polícia Civil de São Paulo instaurar um novo inquérito para investigar se ela teve a ajuda de outra pessoa para executar o crime em 19 de maio.
O promotor José Carlos Cosenzo quer pedir uma nova investigação para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) porque especialistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica informaram que foi encontrado material genético no imóvel dos Matsunaga diferente do de Elize e de Marcos.
Equipe apurou que, apesar de a perícia ter respondido à Promotoria que é impossível precisar a data na qual o material foi deixado na residência dos Matsunaga, ela também relatou que não se pode excluir da cena do crime nenhuma pessoa que passou pelo local antes, durante e depois do assassinato do então diretor-executivo da fábrica de alimentos Yoki.
Diante do posicionamento do IML, o Ministério Público pedirá ao DHPP para apurar agora se alguém participou com Elize do homicídio. Procurado nesta quarta pelo G1, o promotor José Cosenzo não quis comentar o assunto. Segundo a assessoria de imprensa do MP, o promotor concederá uma entrevista coletiva à imprensa nesta tarde para falar das providências que irá tomar sobre o caso.