O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou à Justiça um casal suspeito de torturar uma criança de dois anos. Luana Rodrigues do Nascimento e Widemberg de Araújo Sousa são acusados de espancarem o menino, que morreu na última terça-feira (17). O homem é o pai biológico da criança e a mulher, a madrasta.
Segundo a denúncia, a criança foi submetida a diversas sessões de espancamento, com tapas, socos e empurrões. Ainda de acordo com o MP, para não chamar a atenção dos vizinhos, o aparelho de som e a televisão eram ligados em alto volume; ainda assim, o choro da criança e as ameaças podiam ser ouvidos do lado de fora da casa. Os espancamentos teriam ocorrido desde março até o dia 15 de julho.
O laudo da necropsia aponta edema cerebral e laceração hepática como causas da morte da criança, diz o MP, acrescentando que as agressões resultaram em diversas lesões, com hematomas por todo o corpo e fratura da base do crânio e do fêmur. A denúncia foi subscrita pela Titular da Promotoria de Justiça junto à 2ª Vara Criminal do Foro de Jacarepaguá, Ermínia Manso.
O MP também requereu a prisão preventiva dos acusados. Se forem condenados pela Justiça, os dois podem ser condenados a até 38 anos de prisão, considerando todos os agravantes do crime.
Os acusados pela autoria do crime, ambos de 23 anos, afirmaram primeiramente, em depoimento à polícia, que o menor teria caído de uma laje da casa da família, situada na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá. Depois, o pai do menino admitiu ter dado "tapas" na criança com o objetivo de a educar.