MP denuncia 4 policiais pela morte de motoboy

Eles foram acusados de homicídio triplamente qualificado, fraude processual e preconceito

Policiais acusados de homicídio e racismo | R7
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O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia nesta segunda-feira (17) contra os quatro policiais militares acusados de matar o motoboy Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, por três crimes: homicídio triplamente qualificado, fraude processual e racismo.

O ministério também pediu a prisão preventiva do grupo, uma vez que eles estão apenas sob prisão administrativa. A denúncia foi apresentada no 1º Tribunal do Júri.

Santos foi morto na madrugada de sábado (8) em Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, durante uma discussão. Os familiares afirmam que quando Alexandre ia para casa avistou a viatura policial, se assustou porque a moto dele estava sem placa e tentou se esquivar dos PMs, mas foi abordado na rua onde a mãe dele mora. Eles iniciaram uma discussão e os policiais começaram a bater no rapaz que pediu socorro à mãe.

Segundo o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes, os policiais assumiram o risco de matar o motoboy pela forma como eles agrediram a vítima.

No mínimo o que existe aqui é o chamado dolo eventual, ou seja, assunção do risco de matar. Pode-se dizer que talvez eles não tivessem o objetivo direto, imediato, claro, inquestionável de matar. Até porque, se fosse assim, tinha jeito muito mais fácil de matar. Mas, pelo menos a assunção do risco existe.

A mãe de Santos, Maria Aparecida Cosmo Oliveira contou à reportagem da Agência Record que testemunhou o crime. Ela diz que o filho teve o pescoço quebrado pelos soldados, que Alexandre estava desacordado quando os policiais o colocaram dentro da viatura e que já estava morto quando chegou ao hospital Sabóia

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