A estudante Gabriela Marcia dos Santos Meirelles, de 20 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça e enterrada no quintal da casa do suspeito em Araguari, município de Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar (PM), a jovem, que cursava medicina no Uruguai, estava em Uberlândia desde março para conseguir dinheiro.
De acordo com a polícia, as circunstâncias da morte da jovem está sendo apurada e os laudos periciais já estão sendo concluídos. O inquérito será enviado à Justiça após a conclusão da investigação. Uma amiga de Gabriela relatou à Polícia Militar (PM) que ela trabalhava como garota de programa.
Durante o período, Gabriela já havia se encontrado duas vezes com o mototaxista Jose Hamilton de Jesus, o suspeito do crime. No fim de semana, o homem de 43 anos buscou a jovem e a levou para Araguari, onde teria a assassinado.
No caminho para a casa de Jose, a estudante compartilhou sua localização e enviou mensagens para uma amiga afirmando que estava com medo do suspeito porque ele contava a história de um homem que tinha matado uma garota de programa.
Como forma de precaução, a vítima também pediu para manter contato com a amiga de uma em uma hora. No entanto, durante a madrugada, Gabriela enviou sua última mensagem alertando sobre a situação e informando que dormiria no local: “Se não voltar até 8h (da manhã) você vem, tenho medo dele”.
A manhã do domingo, 11, clareou e ela não enviou novas atualizações. Acionada, a PM se dirigiu ao local, onde encontrou uma enxada e uma pá sujas de terra. Jose Hamilton não estava na casa e o corpo da jovem foi descoberto enterrado no quintal, próximo a um canil. Os policiais confirmaram que os vizinhos ouviram o barulho do disparo na madrugada do crime.
O mototaxista foi encontrado em uma casa localizada em outro bairro da região. Abordado pela polícia, disparou contra a corporação e deu inicio a uma troca de tiros. O homem foi atingido por uma das balas e, mesmo sendo socorrido, não sobreviveu. Com ele, a PM apreendeu duas armas de fogo, munições, facas e cerca de R$ 7 mil em espécie.
Gêmea conta que irmã assassinada fazia medicina 'para orgulhar família'
"Ela estava pensando sempre em dar o melhor que podia para orgulhar nossa mãe com este diploma". A afirmação é de Itamara Meirelles, irmã gêmea de Gabriela Meirelles, de 20 anos, morta e enterrada no quintal de uma casa pelo mototaxista José Hamilton de Jesus, em Araguari (MG), no final de semana.
A jovem foi assassinada com um tiro na cabeça e, na noite do crime, enviou mensagens para uma amiga dizendo que estava com medo do homem. Ele tinha 43 anos, passagem por homicídio e foi morto após trocar tiros com a Polícia Militar quando se escondia em outra casa.
Segundo esta amiga, os dois se encontraram duas vezes, mas a irmã dela relatou que não sabia da relação do mototaxista com a vítima e que, se soubesse, teria ajudado de alguma forma.
Sonho de ser médica
De acordo com Itamara, Gabriela tinha o sonho de se formar em medicina e dar o que seria o maior orgulho para a mãe. "Ela era muito para cima e alegre, pensando em dar o melhor que podia para orgulhar nossa mãe com esse diploma", afirmou.
Gêmea idêntica, Itamara revelou também que era muito próxima da irmã, e que sempre apoiavam as escolhas uma da outra. Gabriela cursava medicina em uma faculdade no Uruguai, mas, devido ao isolamento social por conta da pandemia, fazia aulas on-line.
"É verdade sim, que ela queria juntar dinheiro para se mudar de vez para o Uruguai, e foi convencida por esse homem a ir para Uberlândia, um bom lugar, segundo ele, para conseguir trabalho".