Mossoró: presos de fuga inédita usaram barras de ferro da parede como ferramenta

As paredes das celas estavam prejudicadas pela umidade devido à falta de manutenção por vários anos

Mossoró: presos de fuga inédita usaram barras de ferro da parede como ferramenta | Foto: Divulgação
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Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, utilizaram barras de ferro retiradas das próprias paredes das celas para ampliar o buraco pelo qual escaparam. Envolveram as barras de ferro com seus uniformes azuis para reduzir o ruído. As informações do Blog da Julia Dualibi.

De acordo com fontes ligadas à investigação, por estarem no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), Rogério Mendonça e Deibson Nascimento não tinham permissão para sair de suas celas, nem mesmo para o banho de sol, que ocorre em solários individuais dentro das celas. Adicionalmente, as celas neste caso não eram submetidas a vistorias diárias.

As paredes das celas estavam prejudicadas pela umidade devido à falta de manutenção por vários anos. Os detentos transformaram as barras de ferro em ferramentas para perfurar uma abertura na esquadria onde estava localizada uma luminária, entre o espaço e a cela, cujas dimensões originais eram de 20x70cm. 

SOBRE A FUGA

Os indivíduos que conseguiram fugir foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como Deisinho. Originários do Acre, estavam detidos na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.

Na sexta-feira à noite, os dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na semana anterior, fizeram uma família de refém. Felizmente, não houve registro de violência durante o incidente. A dupla chegou até a residência pelo matagal por volta das 19h30 de sexta-feira e partiu por volta das 0h30 de sábado. Durante o tempo em que estiveram na casa, eles solicitaram comida e um celular.

Em julho de 2023, a dupla esteve envolvida em uma rebelião violenta em um presídio de segurança máxima em Rio Branco. Durante o motim, ocorreu o roubo de armas e vários policiais penais, reféns e cinco pessoas foram feridas, incluindo três vítimas que foram decapitadas.

Após esse incidente, os dois detentos foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN), que foi estabelecida com o propósito de isolar líderes de facções criminosas do restante da população carcerária. Antes da fuga, Rogério e Deibson Cabral Nascimento estavam alojados em celas individuais.

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