A morte de um cadete da Polícia Militar cujo corpo foi encontrado neste sábado no Rio teria sido oferecida como presente de aniversário a um traficante. De acordo com uma fonte da PM, o assassinato ocorreu em homenagem ao criminoso conhecido como Ratinho, que teria comemorado mais um ano de vida neste fim de semana na Favela da Chatuba, no município de Mesquita, na Baixada Fluminense.
O corpo de Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, foi encontrado ontem pela manhã dentro do porta-malas de seu carro, um Fox preto, no bairro Vila Emil, em Mesquita. Segundo a fonte da PM, a identificação chegou a ser demorada porque o cadáver estava com o rosto deformado. No corpo, ainda havia sinais de violência sexual e marcas de espancamento e tiros.
Colegas de Jorge Augusto, conhecido como Alves, relatam que ele foi visto pela última vez na sexta-feira à noite, saindo de um show de pagode em Mesquita, acompanhado de uma mulher. No dia seguinte pela manhã, quando foi encontrado morto, o policial estaria de serviço.
De acordo com a fonte, investigações apontam que o crime teria ocorrido para presentear o traficante Ratinho. Ele integraria o bando de Luís Fernando Nascimento Ferreira, o Nando Bacalhau, gerente do tráfico de drogas no Morro do Chapadão, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, e teria ido comemorar seu aniversário na Favela da Chatuba.
O caso foi registrado na 53ª DP (Mesquita) e repassado para a Divisão de Homicídios da Baixada. A mulher que acompanhava Alves no show de pagode está sendo procurada.
O cadete assassinado estava na Polícia Militar desde 2006 e era aluno da Escola de Formação de Oficiais da corporação. Sua formatura iria ocorrer em 1º de dezembro deste ano. Querido pelos colegas, ele integrava o time de basquete da escola. Alves era solteiro e não deixa filhos. Seu corpo vai ser enterrado às 15h deste domingo no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste da capital fluminense.