Por volta das 21h30 da última sexta-feira, dia 24, a policial militar Vaneza Lobo, de 31 anos, que estava em um momento de folga e se preparava para ir à academia, foi alvo de tiros de fuzil em frente à sua casa em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Vaneza Lobo, lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), desempenhava a função de investigar atividades relacionadas à milícia.
— Estamos devastados. Estava em casa quando soube da notícia, não acreditei. Minha irmã sempre foi muito tranquila, idônea. Nunca soube de ameaças, ou se ela tinha inimigos. A gente tinha receio pela profissão que ela exercia, mas nunca imaginei que ela poderia ser vítima de uma tragédia — diz aos prantos Andreza Lobo, irmã mais velha da policial.
Vaneza, formada em direito, ingressou na corporação em 2013 e era uma profissional altamente valorizada. Recentemente, havia sido condecorada com o distintivo "Lealdade e Constância" pela Polícia Militar. Destaca-se que, durante um curso especial de formação de cabos, a carioca se formou com nota máxima, evidenciando seu comprometimento e habilidades profissionais. Fazer carreira na polícia era parte do seu sonho, um sonho que foi abruptamente interrompido.
— Às vezes ela ouvia dos parentes perguntas como: "Por que você não muda de área? É muito perigoso". Mas o militarismo era o que ela mais amava. Ela falava do futuro por lá.
Mas nem tudo se resumia ao trabalho. Vaneza era apaixonada por futebol e pela esposa, Thais, com quem dividia uma casa e a vida.
— Ela não comentava de investigações ou rotina de trabalho conosco. Era policial lá dentro. Aqui fora, era a nossa Vaneza. Gostava de jogar bola e sempre foi muito ligada à família. Dedicada até demais — diz Andreza, novamente em lágrimas.