SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
A Escola Professora Carmosina Ferreira Gomes, de Sobral, no Ceará, comunicou, na noite deste sábado (8), a morte do estudante Júlio César, 15, que foi baleado dentro da instituição de ensino por um colega na última quarta-feira (5). Na ocasião, outros dois alunos também foram feridos pelos tiros.
Por meio de uma postagem no Instagram, a instituição de ensino emitiu uma nota de pesar em que se solidariza com a família do aluno "nesse momento de dor", e expressa suas "mais sinceras condolências".
"Nesse momento de dor, a EEMTI Prof. Carmosina F. Gomes se solidariza com todos os familiares, amigos e comunidade escolar e expressa as mais sinceras condolências", postou.
Júlio César estava hospitalizado na Santa Casa de Sobral desde o dia 5, quando foi baleado. Nesta sexta (7), ele foi diagnosticado com quadro irreversível e veio a óbito. Os outros dois alunos feridos já receberam alta.
ENTENDA
Na quarta-feira (5), um adolescente de 15 anos atirou contra três colegas na sala de aula em que estuda, na Escola Estadual Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral. O estudante que realizou os disparos foi apreendido e alegou que sofria bullying na unidade de ensino. A arma usada no crime era legal e pertencia a um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e uma equipe da perícia forense compareceram ao local. Segundo informações do Raio (Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas da Polícia Militar), após atirar, o adolescente fugiu da escola e se escondeu em casa, onde foi apreendido e conduzido para a Delegacia de Homicídios da cidade de Sobral.
Segundo a polícia, o garoto disse em depoimento que vinha sendo vítima de bullying por parte dos colegas. Na manhã de hoje, eles tiveram um desentendimento e o adolescente decidiu atirar contra eles.
Conforme a investigação preliminar, a arma seria mantida dentro da residência do adolescente. O pai, que chegou a ser apontado como "dono", tem antecedentes criminais por roubo e outros crimes, mas não é o responsável pelo registro do armamento, em nome de um terceiro, de nome ainda não divulgado pela polícia. A identidade do pai do garoto não foi divulgada pela polícia e, por isso, o UOL ainda não conseguiu identificá-lo para buscar sua defesa.
De acordo com a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) o adolescente de 15 anos responderá por "ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio", foi apreendido com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), mas não confirmou que seria o pai do menino.