Acusado de integrar um grupo de extermínio e agiotagem, Carlos Eduardo Batista de Souza, de 38 anos, foi preso na tarde de terça-feira, num bar no Jardim Catarina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com as investigações da Policia Civil, ele teria participado, com outros dois suspeitos, da tentativa de homicídio de um homem, no dia 15 de abril deste, na Rua José Mendonça de Campos, no Colubandê, também em São Gonçalo. A ação aconteceu em frente a uma farmácia que ainda estava aberta.
O caso foi registrado na 72ª DP (Mutuá), mas a investigação foi transferida para a Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) que prendeu, no dia 8 do mês passado, o cabo da Polícia Militar Roger Oliveira Silva, lotado no 7º BPM (São Gonçalo).
Segundo o titular da DH, Wellington Vieira, no momento da prisão o cabo da PM acusou Carlos Eduardo de ser o autor dos sete disparos em direção à vítima.
- Agora, todos tentam se inocentar. O Roger disse que estava no local do crime, mas disse que não participou da ação e acusou o Carlos Eduardo de ter feito os disparos. Este, por sua vez, disse não ter participado da tentativa de homicídio e acusou o PM de ter tentado matar a vítima por conta de uma dívida de R$ 1,2 mil - disse Wellington Vieira.
Ainda de acordo com o delegado, a vítima, que chegou a ficar internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres, reconheceu o PM e o Carlos Eduardo como autores da tentativa de homicídio.
- Agora nós estamos na cola do último acusado de fazer parte deste crime. Nós temos fortes indícios que nos levam a acreditar que esses homens fazem parte de um grupo de extermínio que atua, principalmente, em São Gonçalo - comentou Vieira.
Carlos Eduardo será transferido ainda nesta quarta-feira para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Já o PM Roger Oliveira Silva, está preso desde o dia 8 do mês passado no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na Zona Norte do Rio.