Menor que sobreviveu à execução de amigo participa de uma reconstituição

Ao todo, trinta policiais, sendo três delegados e quatro peritos, participam da reconstituição.

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O menor que sobreviveu à execução do amigo Mateus Alves dos Santos, de 14 anos, irá participar da reprodução simulada do crime, na manhã desta segunda-feira. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) deixaram a especializada por volta das 09h, com direção à Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA). De lá, o grupo segue para o Sumaré, onde teria acontecido o crime.

Ao todo, trinta policiais, sendo três delegados e quatro peritos, participam da reconstituição. O crime aconteceu no dia 11 de junho. Segundo relatos, Mateus e o menor sobrevivente, de 15 anos, teriam sido presos por praticarem assaltos no Centro do Rio.

De acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH, a perseguição à dupla teve início por volta de 9h30, na esquina da Avenida Marechal Floriano. Os cabos Vinícius Lima Vieira e Fábio Magalhães Ferreira, do 5º BPM (Praça da Harmonia), teriam visto um dos rapazes passando correndo atrás de um ônibus. Um dos PMs desceu do carro e, cinco minutos depois, um dos jovens foi capturado, a 50 metros da DPCA. Após onze minutos, é a vez de o segundo adolescente ser colocado na mala da viatura, perto da Candelária.

Depois de colocá-los na viatura, um cabo da Polícia Militar ri e gesticula em direção à DPCA, para onde os menores deveriam ter sido levados. As imagens das câmeras e do GPS instalados no veículo mostram ainda que o motorista e outro PM, no entanto, levaram os garotos para o Morro do Sumaré.

Lá, os dois foram colocados deitados no chão. Em depoimento a DH, o sobrevivente contou que um dos cabos disse: ?Você não vai mais andar? e disparou contra seu joelho. Ele foi baleado ainda nas costas e, fingindo-se de morto, conseguiu escapar. Já Mateus morreu depois de levar tiros na cabeça, peito e perna.

O corpo de Mateus apareceu três dias depois, quando o sobrevivente levou os familiares ao local do crime. Apesar de a perseguição ter começado supostamente depois de um roubo, nada foi encontrado com os meninos.

Em depoimento, um dos militares admitiu que levou os garotos para o Sumaré para dar um "esporro" e que depois ele foram liberados. Já o outro cabo contou apenas ter pego os adolescentes, mas disse que só dará detalhes do caso em juízo.

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