Menor detido dezoito vezes dá conselho a jovens: “procure Deus”

“Ele tem mais passagens do que anos de vida”, disse o delegado. Adolescente estava com uma arma de fabricação chinesa.

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Pistola era de 9 milímetros e de fabricação chinesa | Reprodução/TV Gazeta

Um adolescente, de 16 anos, que já foi apreendido 17 vezes por envolvimento com tráfico de drogas e porte ilegal de arma segundo a polícia, foi mais uma vez flagrado armado na noite desta segunda-feira (24), em um trecho da BR-262, em Viana, região Metropolitana do Espírito Santo. De acordo com a polícia, o menor foi apreendido com uma arma de fabricação chinesa, após denúncias anônimas. Um homem, de 28 anos, também foi preso. O menor foi levado para a Unidade de Internação Provisória (Unip) II, em Cariacica, e o homem foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV), autuado como fornecedor de armas e pode pegar de três a seis anos de prisão.

De acordo com o titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Cariacica, Peterson Santos, o adolescente acionou um táxi em Cariacica e foi até um bairro de Vitória com o adulto, para comprar a arma. Depois disso, os dois seguiram no táxi até Viana, onde compram a pistola, mas na volta foram abordados por militares próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo Peterson, a pistola foi comprada por R$ 5.600 e seria utilizada pelo menor, para abastecer o tráfico de drogas, no Bairro da Penha, em Vitória. Para a polícia, a quantidade de vezes que o menor foi apreendido surpreende a equipe. "Ele tem mais passagens do que anos de vida. Com certeza, vai ficar apreendido e responder pelo crime de porte ilegal de arma", explicou o delegado.

O homem detido, flagrado com o menor, nega a participação na compra da arma e o adolescente diz que está arrependido. "Fui preso pela primeira vez aos 12 anos e me arrependo dos crimes. Para quem está neste mundo, aconselho sair dessa vida e procurar a Deus", disse o adolescente.

A polícia também informou que durante o percurso dos suspeitos, dentro do táxi, eles foram escoltados por dois homens em uma motocicleta, que não foram localizados após a detenção.. Quanto ao taxista, o delegado contou que, por falta de provas, foi liberado.

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