Uma adolescente de 13 anos morreu após ser baleada na cabeça dentro de uma casa no Sol Nascente, no Distrito Federal. Identificada como Allany Fernanda, a menina estava internada em estado gravíssimo desde a manhã de segunda-feira (03/11) e não resistiu aos ferimentos, vindo a morrer na madrugada desta terça-feira (4/11) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base.
Segundo familiares, Allany perdeu massa encefálica e respirava com a ajuda de aparelhos. A adolescente havia sido socorrida inicialmente ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), de onde foi transferida devido à gravidade do ferimento. O caso é investigado como feminicídio.
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, o crime ocorreu por volta das 5h30, na Quadra 92 do Sol Nascente. Allany foi atingida por um tiro na cabeça enquanto estava na casa de Carlos Eduardo Pessoa Tavares, de 20 anos, que foi preso em flagrante e levado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). A motivação ainda está sendo apurada.
A família da vítima contou que o rosto da menina ficou desfigurado por causa do inchaço provocado pelo ferimento, e que ela precisou ser reconhecida pelo pé. Além do disparo, sinais de estrangulamento foram observados no corpo da adolescente.
A mãe de Allany afirmou que não conhecia o suspeito e disse estar em choque com o crime. “Minha filha não usa drogas, não mexe com nada errado. Não é uma menina de festa. Só que, ultimamente, ela estava um pouco rebelde”, relatou.
Segundo a família, a jovem estava com a mãe no sábado (1º/11), mas teria saído de casa e mentido sobre o destino que tomaria. Na manhã da segunda-feira, uma amiga enviou mensagem para uma tia da garota avisando que ela havia sido baleada.
Em entrevista emocionada, a mãe da adolescente disse que a filha sonhava em trabalhar para ajudar em casa. “Ela falava: ‘mãe, ano que vem eu vou trabalhar e te ajudar’. Porque ela sabe que a minha vida é muito sofrida. Eu sonhava com um futuro bom pra minha filha. Agora, só peço justiça”, desabafou.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias do crime e aguarda laudos periciais que devem confirmar as causas da morte.