Três mulheres identificadas como Graciele Guerra dos Santos, de 23 anos, Rosângela Sena, de 21 e Edna Santana, de 23 anos foram presas acusadas de furtar um supermercado que fica em um shopping da cidade de Salvador.
Graciele Guerra afirmou que já praticou o crime de furto várias vezes para dar comida aos filhos: “Melhor que pegar uma arma e sair roubando mãe de família”, disse ela. Ela declarou também que já trabalhou como empregada doméstica na casa de um policial e se arrepende de ter deixado o trabalho. “Me arrependi de não ter ido embora com eles que me chamaram, mas não vou morrer nessa não, vou tomar um novo rumo”, disse.
A companheira dela, Rosângela também disse que já trabalhou em casa de família. A jovem, que já tomou conta de criança e foi cuidadora de idosos, afirmou que nunca roubaria se estivesse trabalhando. Ela alega falta de oportunidade.
Para o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, titular da 12ª DT (Delegacia Territorial) de Itapuã, onde as jovens estão custodiadas, o que falta é “vergonha na cara” para deixar o crime. “A escolha não é da polícia, do juiz, do promotor. A escolha é delas. Acho que uma coisa precisa passar pela cabeça: vergonha. Se as pessoas deram oportunidade, elas têm que agarrar. Torço para que saiam dessa. Nem a polícia quer isso para elas. A gente espera que realmente tomem vergonha”, declarou.