O promotor Romualdo Tadeu, da 5ª Vara Criminal de Campina Grande, remeteu de volta à Polícia Civil o inquérito que investiga uma confusão ocorrida durante uma festa no sítio do jogador de futebol Marcelo dos Santos, o Marcelinho Paraíba, de 36 anos. Segundo ele, o documento enviado pela delegacia da Mulher de Campina Grande ao Ministério Público da Paraíba não fornece informações suficientes para que a denúncia prosseguisse.
Marcelinho foi indiciado por suspeita de estupro. Conforme a queixa prestada por uma advogada, o atleta do Sport do Recife teria a agredido e forçado beijos quando comemorava a ascenção do time à série A do Campeonato Brasileiro. Com base nos exames de corpo de delito, a delegada Herta França descreveu no inquérito a presença de "lesão leve" nos lábios da suposta vítima de estupro, o que caracterizaria o crime. Em duas entrevistas coletivas, o jogador disse ser inocente.
Para o promotor Romualdo Tadeu, não havia subsídios suficientes no inquérito para que ele decidisse se aceitava ou não a denúncia. Quando o documento for devolvido à Polícia Civil, a delegada terá um prazo de 30 dias para ouvir novamente os envolvidos no caso.
Entre as testemunhas, está o delegado Rodrigo Pinheiro, que se apresentou como irmã da suposta vítima e a acompanhou na Central de Polícia de Campina Grande durante a queixa. Ele também foi indiciado por suspeita de disparar tiros ao alto durante a festa, mas o Ministério Público ainda se pronunciou sobre o caso. De acordo com o delegado Francisco de Assis, que decidiu pelo indiciamento, o investigado negou que tenha atirado e argumentou que ficou com resíduos de pólvora na mão quando manuseou a arma para retirar as munições e entregar à Polícia Civil.