Maníaco do Parque: Psiquiatra lembra ataque de criminoso dentro de cadeia em SP

Francisco Pereira está preso desde 1998. O Maníaco do Parque foi condenado a 285 anos de prisão por matar sete mulheres e estuprado mais de uma dezena de vítimas que sobreviveram.

Hilda Morana e o Maníaco do Parque | FOTO: Reprodução
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Mesmo preso e condenado a 285 anos de prisão por matar sete mulheres e estuprado mais de uma dezena de vítimas que sobreviveram, Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, não parou de atacar. Ao menos duas pessoas foram surpreendidas por ele dentro do sistema penal de São Paulo.

O QUE ACONTECEU?

Francisco Pereira está preso desde 1998. Na semana passada, a médica psiquiatra Hilda Morana, de 69 anos, contou no podcast “Surtadamente” que, em 2005, sofreu uma esganadura dentro da Penitenciária de Itaí (SP). A mulher estava desenvolvendo uma tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre a mente dos psicopatas e sua capacidade de recuperação. 

Hilda entrevistou mais de 50 presos com esse perfil, entre eles o Maníaco do Parque. Conforme a médica, logo no início da entrevista, Francisco começou a reclamar do barulho e pediu para fechar a porta. O agente penal alertou do perigo, mas ela o desconsiderou. 

Quando a porta foi fechada, Francisco Pereira atacou a médica pelo pescoço e apertou sua garganta com as duas mãos. Hilda tirou as mãos dele do seu pescoço. “Ele não estava disposto a me matar. Queria só chamar a atenção”, relatou a médica em entrevista ao blog.

QUEM É O MANÍACO DO PARQUE?

“(Ele) apresenta um transtorno persistente de personalidade, com elevadíssima periculosidade. Este indivíduo é mais perigoso que a média e deve ser contido, pois, devido à falta de controle interno, é necessário um controle externo rigoroso. Do ponto de vista médico-legal, é considerado semi-imputável e, geralmente, não responde ao tratamento. Não sendo um caso passível de tratamento curativo específico, conforme estabelece o Artigo 98 do Código Penal, não se recomenda a aplicação de medida de segurança. No entanto, é certo que, mesmo após trinta anos de cárcere, o indivíduo continuará a representar uma ameaça”, diz um trecho da tese de doutorado de Hilda Morana.

Conforme a tese, durante a entrevista, o criminoso enfatizou que não estaria arrependido dos crimes cometidos. Dois anos antes de atacar Hilda, o Maníaco avançou sobre outra mulher também na penitenciária de Itaí. 

  • Em 30 de novembro de 2002, o assassino serial iniciou um relacionamento com Jussara Gomes Glashester, de 62 anos, após receber uma carta de amor dela. 
  • Em 28 de maio de 2003, ela formalizou uma união estável com o detento para tentar obter visitas íntimas.
  • Em outubro de 2003, Jussara encerrou o relacionamento com o Maníaco ao perceber que não teria como fazer sexo com ele. Na despedida, Francisco pediu para dar um beijo de despedida na namorada. Quando ela encostou o rosto na grade do parlatório, o Maníaco tentou morder o pescoço da mulher.
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