Mãe que teria participado de tortura da filha com padrasto é solta

Ela está presa na penitenciária de Tremembé.

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A Justiça decretou a liberdade provisória de Sara de Andrade Ferreira, mãe de uma menina de três anos que teria sido torturada pelo padrasto em Araçatuba (SP). Ela está presa na penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, desde outubro do ano passado e deve ser solta ainda nesta quinta-feira (14).

Em vídeos encontrados pela polícia no celular do padrasto, a menina aparece andando com as pernas amarradas com uma fita adesiva, comendo cebola achando que era maçã e pedindo para o padrasto deixá-la dormir. Sara estava presa porque, segundo decisão da Justiça, existem sérios indícios de que ela filmou, fotografou e participou de todas as situações praticadas contra a filha e que a mãe não tomou nenhuma atitude para impedir as condutas do padrasto.

O juiz responsável pela decisão informou que o pedido de liberdade foi feito pela defesa de Sara e foi aceito porque o crime pelo qual ela responde - que é tortura culposa - não prevê pena de prisão em regime fechado. Ainda segundo o juiz, a criança, que está sob os cuidados de um casal de tios-avôs, chama pela mãe frequentemente.

O padrasto da menina, Maurício Moraes Scaranello, passou por exame de sanidade mental recentemente, mas o resultado ainda não foi divulgado. Ele continua preso. Em depoimento à polícia, a mãe negou que tenha participado dos vídeos. Em entrevista à reportagem da TV TEM, na época do caso, Sara disse também que não sabia o que o padrasto fazia com a filha. "Tudo que estão falando tem me magoado, porque ninguém conhece meu coração, as pessoas estão falando que eu sabia dos vídeos, eu não sabia de maneira nenhuma. Foi um susto pra mim, demonstra que eu não conhecia a pessoa com quem eu morava. Tudo isso está sendo um choque pra mim. Os vídeos têm sido um choque pra mim, procuro nem ver televisão porque isso me magoa demais", disse Sara.

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