O sargento do Exército, Pedro Henrique Martins dos Santos matou a companheira, a criança e depois tirou a própria vida, em Santos (SP). De acordo com o delegado da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade, João Octávio de Melo, a impressão era de que a mulher estava tentando proteger a filha.
Ainda de acordo com o delegado, o homem e Gabrielly Simões Silva eram casados e residiam em Santos, no litoral de São Paulo. A mulher, foi encontrada abraçada à filha de um ano, também assassinada pelo homem. Os corpos foram encontrados no quarto de uma residência no domingo (10/08), quando foi celebrado o Dia dos Pais. Segundo o boletim de ocorrência, Gabrielly estava deitada de bruços na cama, "abraçada a uma criança."
"Dá essa impressão de que ela estava protegendo e beijando a filha", afirmou o delegado João Octávio de Melo. Por outro lado, o sargento Pedro Henrique, de 24 anos, estava sentado na cama, encostado na parede, com o pescoço inclinado para o lado. Ainda conforme registrado no BO, havia sangue ao redor dos corpos.
ENTENDA O caso
A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 4h para uma ocorrência dentro da residência localizada no Morro Nova Cintra. No local, os agentes encontraram o pai, a mãe e a filha mortos em um quarto. O boletim de ocorrência destaca que um dos PMs que atendeu a ocorrência informou à Polícia Civil que as paredes do quarto estavam com diversos respingos de sangue. Ainda segundo o relato do agente, havia uma arma de fogo no chão, próxima ao corpo de Pedro.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a pistola foi apreendida e encaminhada para perícia, que realizará outros exames necroscópicos e no local do crime para determinar a dinâmica e causa das mortes. A SSP-SP afirmou que o caso foi registrado como feminicídio seguido de suicídio pela CPJ da cidade.
Exército Brasileiro
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) afirmou em nota que lamenta o fato de que o 3º sargento Pedro Henrique Martins dos Santos, a esposa e a filha foram encontrados mortos na residência, vítimas de disparo de arma de fogo.
"Por não se tratar de crime militar, as investigações estão sob responsabilidade da Polícia Civil. Assim, todas as informações e esclarecimentos referentes ao caso devem ser obtidos junto à autoridade policial competente", complementou o Exército.