A mãe de Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, encontrada morta na última sexta-feira (30) na Itália, disse ao G1 antes de embarcar para o país que sabia do relacionamento da filha com o chefe dela. Natália Maria da Silva contou que os dois estavam juntos e que o bebê que ela esperava era do empresário, principal suspeito do crime. Ainda segundo a mãe, o homem não dizia que estava casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava separado.
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta com sinais de estrangulamento na cidade de Gambara, em Bréscia, na Itália. Nesta terça-feira (3), a polícia italiana prendeu o empresário e dono da empresa onde a uberlandense trabalhava.
Para tentar ajudar na investigação, Natália Maria viaja no início da tarde desta quarta-feira (4) para o país e informou que poderá contribuir com informações sobre o relacionamento da brasileira com o empresário. O pai da vítima e o tio Fernando Martins, que é promotor de Justiça de Uberlândia, já estão na Itália e acompanham tudo de perto.
A uberlandense estava grávida de quase cinco meses e a mãe confirmou que o filho era do chefe dela, que era casado. ?Fui a primeira a saber da gravidez e ele disse para minha filha que estava separado da esposa", relatou. A jovem trabalhava em uma empresa que atua na área de compra e venda de aeronaves e helicópteros. ?Eu quero chegar lá e saber o que houve, ainda não sei muita coisa, pois tinha cinco dias que não falava com minha filha?, disse.
Passagem com ajuda dos amigos
Para embarcar para a Itália, Natália Maria contou com ajuda de amigos em Uberlândia, entre eles o assessor político Antônio Carrijo. ?Ela já trabalhou comigo e é uma ótima pessoa. Quando soube da situação fiquei mobilizado e ofereci todo o apoio?, disse.
O assessor político se reuniu com amigos e empresários para ajudar na compra da passagem, que ficou em torno de R$ 8 mil. Carrijo acredita que o empresário italiano tenha premeditado o crime e afirmou querer ajudar para que a Justiça seja feita. ?Eu tenho filhos e entendo como deve ser difícil não ter informações do que acontece quando estão longe?, contou.
Para a mãe da uberlandense morta na Itália, foi uma forma de mostrar o quanto é importante a amizade. Ela disse que quando chegar ao país, onde já morou, vai contar com ajuda de antigos patrões e amigos brasileiros que moram lá. ?Fiquei muito agradecida aos que me ajudaram. Vi que quando fazemos as coisas certas as pessoas nos retribuem?, finalizou.