Madrasta de Bernardo se surpreende por marido seguir preso, diz advogado

Defesa de Leandro garante que ele não é responsável pelo assassinato

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A enfermeira Graciele Boldrini, madrasta de Bernardo Boldrini, de 11 anos, ficou surpresa ao saber que o marido, o médico Leandro Boldrini, continua na prisão. A revelação foi feita pelo advogado Vanderlei Pompeo de Mattos, que representa a enfermeira no processo criminal. Leandro, Graciele e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga do casal, estão presos suspeitos da morte da criança na Região Norte do Rio Grande do Sul, como mostra reportagem do Bom Dia Rio Grande, programa da RBS TV (veja no vídeo).

"Ela me perguntou pelo Leandro. Eu disse que estava preso e ela me mostrou um ar de surpresa, pelo fato dele ainda estar preso", disse o defensor.

Bernardo foi encontrado morto no último dia 14, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, no norte do estado, a cerca de 80 km de Três Passos, onde morava com a família. Ele estava desaparecido desde 4 de abril, dia que a polícia acredita que tenha sido morto.

A defesa de Leandro garante que ele não tem participação no assassinato. A delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, no entanto, diz ter convicção que os três suspeitos participaram do crime, mas não cita os motivos alegando que o caso está em segredo de justiça.

Pompeo de Mattos disse ter aconselhado Graciele a dizer o que aconteceu, e afirma que a madrasta, que permaneceu em silêncio ao ser interrogada, deve depor nesta semana. "Até agora, para mim, não confessou nada. Vou orientá-la a declarar o que ela sabe, participação ou não participação. Ela disse que está refletindo e pretende prestar declarações", disse o advogado.

Antes de ser presa, Edelvania revelou à policia que Graciele aplicou uma injeção letal em Bernardo e as duas enterraram o corpo do menino. O advogado Demetryus Eugenio Grapiglia, que representa a assistente social, diz que ela foi pressionada por Graciele a cometer o crime, e que não estava presente no momento do assassinato. "Ela disse que as coisas que estão lá, ela não falou", afirmou.

A delegada Caroline Bamberg reagiu às declarações do defensor. "Esse depoimento não foi forjado, esse depoimento aconteceu", garantiu.

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