Lucas Leite Ribeiro Porto, de 37 anos, que se encontra preso acusado de assassinar Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, de 33 anos, filha do ex-deputado estadual Sarney Neto, disse durante o segundo depoimento que praticou relações sexuais com a vítima, segundo informou o secretário de Segurança do Maranhão, Jerfferson Portela.
"Houve violência de natureza sexual. Esta foi a manifestação dele. Negou no primeiro momento a autoria do crime, mas declinou agora. Contudo, não muda nada na ação da polícia", afirmou ao acrescentar que ocorrido no último dia 13.
Para o secretário é fundamental a reconstituição da cena de todos os acontecimentos para que se esclareça o que de fato aconteceu dentro do apartamento de Mariana Costa. A reconstituição também serviria, segundo Portela, para reforçar o embasamento do processo e consequentemente a pena do acusado.
Acusado é agredido em Pedrinhas
Lucas está preso desde o último domingo (13), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.Diante da grande repercussão do caso em todo o Brasil, a sua presença no local já lhe rendeu agressões de outros presos.
Para manter a integridade física do réu confesso, Lucas Porto mantém-se isolado na unidade onde está preso. O laudo cadavérico da vítima deve ser concluído na próxima terça-feira (22), onde ficará ou não comprovada a violência sexual. De acordo com a polícia, as investigações possivelmente serão encerradas até o fim da próxima semana.
Confissão não altera investigação
Segundo Jefferson Portela, a confissão do acusado não muda a investigação. “A confissão dele não muda nada para nós. Portanto, confessado a autoria, a motivação dada por ele, se amanhã não for esta a verdadeira motivação será ele que está dando uma informação não verdadeira, porque a investigação vai continuar”, disse.
Acusado consolou família da vítima
Segundo relatos de familiares e amigos, o suspeito ainda chegou a ir ao hospital em que Mariana estava e, ao saber da morte, consolou a família. Porto é herdeiro do grupo Planta Engenharia e já tinha sido fichado, em 2007, por porte ilegal de arma, estelionato e falsa comunicação de crime. Na época, ele teria forjado o roubo de veículos para conseguir ressarcimento do seguro.