No dia 2 de abril de 2015 o menino Eduardo de Jesus Ferreira foi vítima de uma bala perdida após um tiroteio no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio de Janeiro. Sua mãe, Therezinha Maria de Jesus ficou em estado de choque por saber que os tiroteios que são frequentes na comunidade agora estavam fazendo mais uma vítima, e dessa vez era seu filho.
Um ano depois, sua mãe se divide entre querer lutar por justiça e a dor de perder seu filho. Já neste ano, Therezinha foi com a Anistia Internacional para a Suíça, Espanha, Inglaterra e Holanda para ser testemunha e dar palestras sobre a grande violência nas favelas do Brasil.
“Nunca imaginei sair do país, ainda mais por uma situação dessas. Mas eu sinto que Deus me escolheu para lutar pelo meu filho e fazer justiça, então eu fui. Vou ser a voz do Eduardo, mas é uma ferida que nunca vai cicatrizar”, declarou ela.
A revolta maior de Therezinha é saber que não houve disputa entre traficantes e policiais no momento da morte de Eduardo. “Não tinha tiroteio naquela hora, lembro dos policiais falando para mim e para minha filha dizendo que iam voltar. Não me sinto segura lá”, disse.