Lavrador é condenado a 17 anos por matar mulher com tiro no pescoço no PI

Segundo o Ministério Público, motivado por um ciúme doentio, ele teria atirado no pescoço na vítima e fugido logo em seguida, até ser capturado pela Polícia Militar

julgamento | reprodução
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Foi realizada nesta quarta, dia 20 de outubro, uma sessão do Tribunal do Júri de Campo Maior para julgar o lavrador José Roberto Costa dos Anjos, de 47 anos,  acusado de ter assassinado sua companheira Maria Carolina Macena da Costa, que tinha 38 anos. O crime aconteceu no dia 12 de janeiro de 2020, no bairro São João, por volta de 3h50 da manhã. 

Segundo o Ministério Público, motivado por um ciúme doentio, ele teria atirado no pescoço na vítima e fugido logo em seguida, até ser capturado pela Polícia Militar 14 horas depois, na PI-226, entre as cidades de Altos e Coivaras.  

As informações são de que os dois tinham uma relação marcada por discursões e agressões. Em áudio reproduzido durante o Júri Popular, ele manifesta ciúmes até mesmo da filha e do neto da vítima.

Juiz pronuncia sentença em julgamento por feminicídio em Campo Maior - Foto: Hélder Felipe

Na colhida de seu depoimento, ele preferiu ficar em silêncio. Já a defesa sustentou a tese de que o tiro foi acidental e que não houve perícia. 

A família de Maria Carolina acompanhou tudo de perto. Eles usavam camisas com a foto da vítima. Após quase 12 horas de julgamento, o Juiz Múccio Miguel Meira leu a decisão dos jurados e anunciou a dosimetria da pena. Ele foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão por feminicídio.

O representante do Ministério Público, promotor Márcio Carcará, disse que vai recorrer da decisão por entender que  a pena deve ser aumentada.

Familiares da vítima acompanharam o julgamento do assassino 

Já a advogada Élida Franklin, que fez a defesa do acusado, também manifestou que vai recorrer da decisão por entender que a pena deve ser reduzida pelo fato de José Roberto ser responsável financeiramente por 4 filhos menores de 18 anos.

Apesar da condenação, a dor de toda a família continua grande. É o caso do pai de Maria Carolina que em entrevista  disse ter ficado satisfeito com o resultado, e que tem muitas saudades da filha.

José Roberto já cumpriu 1 ano e 8 meses da pena e deve continuar preso em regime fechado.

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