A Pol?cia Civil de Minas Gerais divulgou no final da tarde desta ter?a-feira os laudos do Instituto M?dico Legal (IML) de Belo Horizonte e do Instituto de Criminal?stica (IC) sobre o inc?ndio na cadeia da cidade de Rio Piracicaba (MG), ocorrido no dia 1? de janeiro. O IML afirmou que os oito presos morreram em decorr?ncia de asfixia por inala??o de gases t?xicos. Os peritos do IC conclu?ram que o inc?ndio foi provocado pelos pr?prios presos.
Segundo os peritos da Se??o T?cnica de Engenharia Legal do Instituto de Criminal?stica,"n?o h? qualquer d?vida quanto ? participa??o dolosa e efetiva dos indiv?duos que se encontravam no interior da cela".
Os peritos utilizaram os princ?pios convencionais de observa??o da marcha da propaga??o tomadas pelas chamas, das caracter?sticas f?sicas e de ventila??o do ambiente e, ainda, das quantidades e propriedades f?sico-qu?micas dos elementos combust?veis envolvidos no inc?ndio.
No laudo do IC consta que o foco inicial ocorreu no beliche de madeira localizado na por??o mediana direita da cela; que a propaga??o das chamas se deu a partir deste beliche para os beliches da frente pr?ximos da porta e, em seguida, para o posterior da cela que estavam praticamente encostados.
Os peritos da Pol?cia Civil dizem ainda que os demais objetos e mob?lias encostados junto ? parede do lado esquerdo da cela foram consumidos mais como conseq??ncia do calor das chamas do que pelas fagulhas incandescentes do fogo que ocorria em outras mob?lias.
No banheiro da cela 1, os peritos detectaram a presen?a dos oito cad?veres dispostos de forma como se estivessem tentando fugir do calor das chamas que vinham do interior da cela.
Toda a fia??o ? vista existente no interior da cela foi analisada, n?o sendo encontradas "p?rolas de fus?o", elemento t?cnico que caracteriza um curto-circuito. Posteriormente, em fun??o das chamas, houve o derretimento do revestimento da fia??o que ocasionou um curto-circuito e conseq?ente desarmamento do rel?gio medidor.
Os laudos do IML e do IC ser?o anexados ao inqu?rito policial da Corregedoria Geral de Pol?cia Civil de Minas Gerais, que apura a trag?dia.