Laudo aponta que bala que matou atriz é de arma de policial

Atriz foi atingida no coração por bala perdida há uma semana

Atriz vítima de bala perdida | Divulgação
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A bala que matou a atriz Andréia Cristina Pereira, de 35 anos, no dia 22, quando ela passava de carro em frente ao 1º Tabelião de Notas de Campinas, no interior de São Paulo, partiu da pistola .40 do policial militar à paisana que sofreu uma tentativa de assalto naquela ocasião. O modelo da arma é o mesmo utilizado pelas polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo.

O resultado dos exames de balística das armas apreendidas após a morte da atriz foi divulgada pelo delegado José Roberto Rocha Soares, do 13º DP de Campinas, no início da tarde desta sexta-feira (29). Segundo o delegado, uma arma encontrada no local, supostamente abandonada pelo assaltante, ?não foi utilizada?.

?O policial disse que o criminoso estava com duas armas?, explicou o delegado, o que poderia justificar o fato de testemunhas terem ouvido ?de cinco a seis tiros? pelo menos. Apesar de a perícia ter identificado a arma da qual partiu o disparo, para o delegado é prematuro falar em indiciamento.

?O policial reagiu a uma agressão. Será o Ministério Público que vai decidir, se for o caso, a necessidade de indiciamento ou não. Nós estamos reunindo mais provas. Tenho de aguardar, por exemplo, o resultado da reconstituição, que foi baseada em quatro versões distintas, do policial, de duas testemunhas e do rapaz que estava dirigindo o veículo no qual a vítima estava?, disse.

Apesar disso, o policial deverá responder a inquérito militar na corporação por, possivelmente, ter efetuado mais de dois disparos na troca de tiros com o criminoso. "Acima de dois tiros, pode ser considerado um excesso", explicou o delegado.

Imagens

A Polícia Civil de Campinas divulgou também nesta sexta-feira as imagens do circuito interno do cartório de Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, onde ocorreu a tentativa de assalto que terminou na morte da atriz, atingida no coração por uma bala perdida.

As imagens mostram que no dia do crime, por volta de 12h30, o policial militar à paisana e uma mulher chegaram ao cartório em carros diferentes. Eles estacionaram na esquina da Avenida Jesuíno Marcondes Machado e Artur de Freitas Leitão. Ela passaria uma escritura de um imóvel para o nome do PM.

Logo em seguida, o assaltante chegou em um carro popular escuro, vestindo roupa escura. O suspeito estacionou o carro na avenida. As imagens mostram o momento em que ele abordou as vítimas em frente ao cartório. O ladrão fugiu com a bolsa da mulher. O policial sacou a arma e atirou. As imagens, porém, não mostram o ladrão fazendo disparos.

Eles tinham retirado cerca de R$ 1.500 em uma agência bancária nas proximidades do cartório, segundo o delegado. Por isso, a polícia suspeita que o ladrão faça parte de uma quadrilha especializada em ?saidinha de banco?, isto é, atacar pessoas que acabaram de sacar dinheiro em caixas eletrônicos.

O vídeo foi incluído no inquérito policial e pode ajudar os investigadores a esclarecerem o crime.

No dia do crime, uma arma foi encontrada em frente ao cartório. "Com as imagens, temos condições de identificar esse assaltante", disse o delegado. Na terça-feira (26), a polícia realizou a reconstituição do assalto.

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