Uma decisão da Justiça de São Paulo, tomada nesta terça-feira (06), aumentou para 530 anos a pena de prisão de quatro ladrões de banco e de carro-forte que atuavam no interior de São Paulo. Anteriormente, a pena definida era de 481 anos pela prática que ficou conhecida como 'Novo Cangaço', quando criminosos entram numa cidade, realizam ataques com tiros e bombas, roubam o alvo planejado e deixam o local rapidamente.
Segundo a Justiça, os condenados realizaram um mega-assalto à empresa de transporte de valores Prosegur, em Ribeirão Preto, no dia 5 de julho de 2016. Ao todo, R$ 51 milhões foram roubados e apenas R$ 200 mil acabaram sendo recuperados.
Os quatro já haviam sido condenados, em dezembro de 2018, pela Justiça de Ribeirão Preto, em primeira instância. As defesas apelaram judicialmente e requisitaram as absolvições e nulidade do processo. Em paralelo, o MP (Ministério Público) também recorreu da primeira decisão, pois a morte do policial não constava na primeira decisão. Quem aumentou as penas foi a 4ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça).
Acusado de transportar o dinheiro roubado e os demais suspeitos em um caminhão durante a fuga, Diego de Moura Capistrano, teve a pena aumentada de 123 anos para 136 anos de prisão. Ele também é suspeito de ter participado de um roubo a outra empresa de valores, em 2017, em Ciudad Del Este, no Paraguai.
Ângelo Domingues dos Santos e Juliano Moisés Israel Lopes, considerados líderes da quadrilha, também tiveram suas penas aumentadas, de 121 para 133 anos de prisão.
O ex-funcionário da Prosegur, Sérgio Zemantauskas Daniel, acusado de passar informações aos assaltantes, recebeu pena de 116 anos de prisão, na primeira decisão, mas deve ficar 128 anos preso.